Diretoria do Cemitério da Saudade pede que vigilantes não façam churrasco no trabalho
Comunicado informa que funcionários do local têm dormido e feito churrasco ao invés de realizarem rondas de segurança
A diretoria do Cemitério da Saudade de Ribeirão Preto solicita, em comunicado, que os vigilantes que prestam serviço no local não façam churrasco durante o horário de trabalho.
Um documento enviado no dia 23 de junho expõe as instruções aos funcionários. Assinado pelo chefe da divisão dos cemitérios municipais, Manoel Carlos Sabino, o pedido é para que, além dos churrascos, os empregados não durmam e cumpram com as normas.
“Os vigilantes devem realizar as rondas conforme determinado, evitando, assim, que criminosos furtem bronze do cemitério. Caso não tenha interesse em trabalhar, está dispensado”, diz o documento.
A preocupação objetiva melhorar a segurança do espaço público. “Os itens furtados estão fazendo muita falta aos familiares dos falecidos, pela irresponsabilidade de alguns vigilantes que ganham para não realizar trabalho algum”, comunicou Manoel.
O Portal Revide entrou em contato com a Prefeitura para esclarecer os fatos. A Secretaria Municipal de Infraestrutura informa que o serviço terceirizado do Cemitério da Saudade é supervisionado durante os três turnos. A empresa que presta o trabalho de segurança já tinha sido notificada oficialmente sobre o ocorrido e tomará as devidas providências.
Alvo de criminosos
O Cemitério da Saudade é alvo constante de ladrões que buscam por ferro, fios e outros materiais que possam ser vendidos. Quem visita o espaço também fica na mira dos bandidos.
No dia 31 de maio, por exemplo, um aposentado de 68 anos foi furtado dentro do cemitério. Segundo o Boletim de Ocorrência, o idoso estava na quadra 17 do local, próximo à portaria da Rua Fernão Sales, quando um homem se aproximou e roubou a carteira da vítima, que estava sobre uma lápide.
Antes, em março, um homem foi preso por suspeita de ter furtado um vaso de bronze e uma placa de alumínio no local. Os seguranças do local afirmaram que o rapaz foi flagrado com o vaso na mão, mas as versões entre os funcionários são divergentes. O suspeito nega o crime e diz que foi agredido pelos seguranças.
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Foto: Acervo Revide
