Dobra o número de suspensões de CNHs por embriaguez

Dobra o número de suspensões de CNHs por embriaguez

No ano de 2014 foram abertos 372 processos de suspensão de CNHs por alcoolemia; em 2015 o número dobrou para 751

De janeiro a agosto de 2015, o número de notificações de abertura de processo de suspensão do direito de dirigir por embriaguez em Ribeirão Preto cresceu 102%. O motivo para o índice atingir dobrar é a intensificação das blitze do Programa Direção Segura no Estado.

De janeiro a agosto de 2014, foram abertos 372 processos de suspensão de CNHs, ante 751 no mesmo período de 2015.  Neste ano, a cidade teve sete operações integradas. Em 2014, foram seis operações durante todo ano.

De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) o início aos processos de suspensão ao direito de dirigir ocorre automaticamente  para os motoristas multados por embriaguez ao volante ou recusa ao teste do bafômetro, com envio de notificação ao endereço de registro da habilitação do condutor. 

O processo de suspensão segue as determinações da legislação federal, que dá amplo direito à defesa. O cidadão multado por dirigir sob influência de álcool pode recorrer tanto à multa, diretamente ao órgão que aplicou a autuação, quanto ao processo de suspensão do direito de dirigir, diretamente ao Detran-SP, em três diferentes instâncias: defesa prévia, Jari (Junta Administrativas de Recursos de Infrações) e Cetran (Conselho Estadual de Trânsito).

Programa Direção Segura

O programa foi lançado em 2013, coordenado pelo Detran-SP, e integra equipes do Detran e das polícias Militar, Civil e Técnico- Científica, agilizando as providências decorrentes de cada abordagem, no local e no momento da ação.

Ribeirão Preto, desde junho de 2014, conta com uma base regional do Programa Direção Segura, que percorre toda a região. O Detran-SP dispõe de sete bases regionais para o controle e fiscalização da lei seca.  

O ano de 2015 deve ser fechado com a realização de mais de 200 operações integradas em todo o Estado de São Paulo. Ou seja, houve um aumento de 200% em relação ao ano de 2013, com 68 operações, e de mais de 60% em relação a 2014, com 122 operações.

O Detran-SP esclarece que a Lei Seca é fiscalizada em todo o Estado nas ações rotineiras da Polícia Militar, em nome do próprio Detran, da Polícia Militar Rodoviária, em nome do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e da Polícia Rodoviária Federal. 

Os motoristas

O estudante de direito Flávio Garcia, 20 anos, acredita que o equipamento usado pelos órgãos competentes nas blitze não é confiável. “Ninguém é obrigado a constituir prova contra si próprio. Então, se uma pessoa beber socialmente, não ficando com odor etílico muito menos com fala embaraçosa, ela simplesmente se recusa a fazer o bafômetro, e acaba sendo liberada. Podemos concluir então que as blitze não são muito eficazes, apenas intimidam as pessoas”, afirma.

O estudante acredita que a fiscalização é importante para prevenir contra o número de pessoas que dirigem sob o efeito de álcool. “Eu particularmente não sou um apreciador de bebidas alcoólicas, mas tendo como base meus amigos e familiares que sempre fazem uso dessas bebidas, eles fazem o uso de cervejas e vinhos, e alguns minutos antes de partirem tomam bastante água, e comem alguns doces para amenizar o efeito do álcool e acabam dirigindo normalmente como se estivessem 100%”, conclui.

Já o estudante Felipe Farto, 21 anos, acredita que as blitze são essenciais para melhorar o trânsito e evitar acidentes. “Quando bebo, prefiro pegar um táxi ou ir com alguém que não tenha ingerido álcool”, comenta.

O estudante conclui dizendo que as blitze são importantes para evitar e prevenir  possíveis acidentes.

Revide On-line
Gabriela Maulim
Fotos: Pedro Gomes, Ibraim Leão e divulgação. 

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