Educação é o setor que mais adere à greve em Ribeirão Preto
As áreas da Saúde e Assistência Social também foram afetadas

Educação é o setor que mais adere à greve em Ribeirão Preto

De acordo com informações da Prefeitura Municipal, 30% dos professores da rede estão paralisados

A Educação foi o setor que mais aderiu à greve em Ribeirão Preto. De acordo com informações da prefeitura, de um total de 3 mil professores, 30% estão paralisados. Já na área da Saúde, o balanço oficial revela que 91 funcionários aderiram ao protesto e, na área da Assistência Social, o número foi de dez funcionários.

A greve dos servidores municipais começou à meia-noite desta quarta-feira, 10, e, até o momento, não há previsão de término. Para o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Laerte Carlos Augusto, essa ação não se trata, somente, de ajuste salarial.

"Existem outros assuntos importantes que precisam ser colocados em pauta. A questão da estrutura é um deles. Nossa educação está sucateada. Precisamos, além da correção salarial, que o governo tenha uma política de investimento no setor público, para diminuir essa precarização que está assolando o funcionalismo municipal de Ribeirão Preto", argumenta.

Questionado sobre a liminar concedida pela justiça, Augusto acredita que a greve não será combatida desta maneira. "O governo está tentando parar o movimento dos trabalhadores por meio de liminares. Porém, ao meu ver, a maneira de parar com esse movimento é negociando. Isso vai se resolver na mesa de negociação", declara.

Leia mais
Greve afeta rotina em escolas e unidades de saúde em Ribeirão Preto
Justiça determina que greve não pode afetar Saúde, Educação e Assistência Social
Sindicato convoca assembleia para definir primeiros passos da greve
Servidores decidem por greve geral a partir de quarta-feira, 10, em Ribeirão

Protestos

Em frente ao Palácio do Rio Branco, um grupo de servidores se reuniu na manhã desta quarta-feira, 10, para reivindicar alguns direitos. No local, havia diversos funcionários municipais, entre eles, docentes. Uma das professoras presentes, Giovana Macheda Antero, que trabalha em uma creche, busca por dignidade no trabalho.

“Atualmente, não temos nenhuma. Queremos melhoria na estrutura das creches, na merenda, nos colchonetes, entre outros. A prefeitura deveria olhar, com carinho, para isso. Esse é o momento, não pode deixar passar", comenta.

Além dela, a também professora Luciana Aparecida dos Anjos enalteceu a falta de apoio que as instituições de ensino recebem do poder público municipal. "Nós gostaríamos de saber qual o fim da verba que seria destinada à educação. Porque nós não vemos esse dinheiro. A população não sabe, mas, quando temos que fazer alguma lembrancinha para datas especiais, tudo sai do nosso bolso. Inclusive, a minha sala de aula, quem pintou fui eu e meu marido", destaca.

Acompanhe mais informações sobre a greve no Portal Revide.

 


Foto: João Camargo

Galeria de imagens

Compartilhar: