Em operação contra o tráfico internacional de drogas, PF cumpre mandados em Ribeirão Preto
Um avião utilizado no tráfico que foi apreendido em Goiás nesta quarta-feira, 4; esquema tinha dois integrantes em Ribeirão

Em operação contra o tráfico internacional de drogas, PF cumpre mandados em Ribeirão Preto

Duas pessoas foram presas na cidade na Operação Ozark-Narco, nesta quarta-feira, 4

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 4, a Operação Ozark-Narco, com objetivo de desarticular um grupo criminoso que atuava no tráfico internacional de drogas e que contava com apoio de ex-prefeito do interior do Estado de Goiás. Mandados de prisão foram cumpridos em Ribeirão Preto.

Ao todo, cerca de 130 policiais federais estão cumpriram 50 mandados judiciais expedidos pela 5ª Vara Federal de Goiás, sendo 25 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão, nos estados de Goiás, São Paulo, Pará, Minas Gerais e no Distrito Federal. Os nomes de todos os presos não foram divulgados pela PF. Mas, segundo a polícia, o ex-prefeito de São Miguel do Araguaia, cidade do interior de Goiás, Nélio Pontes Cunha, é um dos integrantes do esquema. 

São alvos desta operação pessoas ligadas a Leonardo Dias Mendonça –o “Barão do Tráfico”– um dos maiores traficantes do país, que, segundo a PF, mesmo cumprindo pena em regime semiaberto, coordenava a internalização da cocaína dos países produtores, por meio de pequenos aviões. “O Estado de Goiás é utilizado como ponto de armazenamento do carregamento e apoio do grupo para posterior envio da droga à Europa, juntamente com cargas lícitas despachadas em containers em navios”, diz a PF. Leonardo Dias Mendonça é ex-aliado de Fernandinho Beira-Mar.

Ainda de acordo com as investigações, iniciadas no começo deste ano, o grupo criminoso foi responsável pelos recentes envios de carga de cocaína para países da Europa pelos dos portos de Santos e Itajaí. “Apurou-se que o dinheiro oriundo do crime era investido na aquisição de empresas dos mais variados ramos comerciais, na tentativa de dar aparência lícita ao dinheiro obtido com os lucros do tráfico de drogas.”

Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, cuja pena máxima pode alcançar 25 anos, sem prejuízo de demais implicações penais ao final das investigações.


Foto: Divulgação Polícia Federal

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