Escola invadida por pai armado emite comunicado
Depois da repercussão, escola e profissionais da educação se manifestaram contra a violência sofrida pelas docentes
Na tarde desta sexta-feira, 18, a EMEF Maria Inês Vieira Machado emitiu um comunicado oficial referente à invasão que sofreu na quarta-feira, 16.
Segundo a nota, o pai da aluna entrou na escola solicitando esclarecimentos a respeito de uma tarefa enviada para casa, que consistia em uma pesquisa sobre a vida das mulheres do passado cujo conteúdo era: “Converse com seus familiares para descobrir como era a vida das mulheres da sua família em outras épocas. Depois, conte para os seus colegas o que descobriu".
Com o questionamento, a professora encaminhou o pai à sala de Trabalho Docente Coletivo e, no início da conversa, ele se mostrou exaltado. Questionado se o tom da conversa seria uma ameaça, ele confirma e diz estar armado, retirando uma arma da cintura e a colocando sobre a mesa.
A esposa, que o acompanhava, pediu para que ele guardasse a arma já que as professoras estavam explicando o que estava acontecendo. Diante disso, ele guardou dizendo que queria acreditar ser uma explicação verdadeira. Ao final da conversa, os pais foram conduzidos até a saída pela professora responsável.
“A EMEF Prof.a Maria Inês Vieira Machado afirma que tais atitudes são uma afronta contra toda a comunidade escolar. E uma ameaça contra cada estudante, pai, docente, funcionário e toda a sociedade.” declarou o comunicado.
Apoio
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRPUSP) veio a público manifestar sua solidariedade à todas as pessoas ameaçadas com arma de fogo pelo pai de um educando da unidade escolar.
“Expressamos veemente a violência sofrida, reafirmando nossa posição contrária às ações de ódio e violências como essas, que continuam a se expressar nos espaços públicos de nossa sociedade, muita mais em espaços educacionais no quais são formados os integrantes das novas gerações! Não às violências, não ao ódio, sempre não!”
