Especialista diz que clima seco em Ribeirão Preto é semelhante ao do Deserto do Saara
Segundo o pneumologista, todos os órgãos sofrem com a entrada de líquidos em pouca quantidade, por conta disso a hidratação é importante
O clima seco em Ribeirão Preto é semelhante ao do Deserto do Saara, no continente africano. É o que afirma o pneumologista Hugo Alejandro Vega Ortega. Segundo ele, de um modo geral todos os órgãos sofrem com a entrada de líquidos em pouca quantidade, por conta disso a hidratação é importante.
Questionado sobre os riscos que o clima imprevisível de Ribeirão Preto podem causar à saúde da população da cidade, tanto os residentes quanto os visitantes, o médico explicou que este inverno extremamente seco da região, com umidade relativa do ar ao redor de 20% e sem previsão de chuvas, provoca problemas sérios à saúde.
“Esta temperatura é bastante semelhante à de desertos. O clima ideal para a saúde seria um índice relativo do ar entre 60% e 80%. Um adulto ainda consegue se adaptar a climas sem grandes riscos de saúde até 40% de umidade. Abaixo disso fica comprometida, e muito, a nossa saúde”, diz Ortega.
Segundo ele, existem vários cuidados que devem ser tomados para tentar amenizar esse problema. Como exemplo, o especialista diz que os pulmões captam o ar contínuo (de dia e de noite). Neste tempo, o ar está seco e cheio de impurezas, então, os pulmões necessitam fazer a purificação, umidificar e aquecer a 35° C, para que ocorram as trocas gasosas: entra oxigênio e sai gás carbônico. Para isto, o corpo precisa estar bem hidratado.
“Estas agressões provocadas pelo clima seco repercutem em todos os órgãos e como consequência disto há um mau funcionamento de nosso organismo inteiro. É fácil determinar sinais clínicos bem característicos como cefaleias, irritações dos olhos, nariz e gargantas que podem ficar secas. Podem ser observadas inflamações da orofaringe, rouquidão e até infecções do trato respiratório. Pacientes com doenças crônicas sofrem mais, principalmente os asmáticos, os com doenças cardíacas, diabéticos entre outros”, fala Ortega.
Por fim, o médico conta que para amenizar estas disfunções orgânicas graves, a ingestão de líquido é fundamental, principalmente água, mas sucos, água de coco e ingestão de frutas também são importantes. “Se uma pessoa toma normalmente dois copos de água, neste tempo seco ela precisa duplicar ou triplicar esta quantidade. Insistir na hidratação oral principalmente em pessoas idosas e em crianças. As futuras mães e as mães que estão amamentando crianças precisam beber água por elas e pelos filhos”, finaliza.
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Foto: Divulgação e Ibraim Leão
