Estudantes e professores cobram diálogo com Estado

Estudantes e professores cobram diálogo com Estado

No quarto ato contra o fechamento de escolas em Ribeirão Preto, manifestantes destacam o crescimento do apoio

No quarto ato contra o fechamento de cinco escolas estaduais em Ribeirão Preto, a cobrança por parte de estudantes, professores e funcionários dessas escolas foi para que haja uma discussão sobre os motivos do fechamento das unidades.

Nesta terça-feira, 20, cerca de 100 estudantes, professores e funcionários das escolas participaram de manifestação em frente à diretoria regional de ensino no município, que fica na Avenida Nove de Julho. O ato fechou o quarteirão em frente ao prédio por alguns instantes por volta das 9h.

Estiveram presentes alunos da Escola Estadual Pedreira de Freitas, uma das que fazem parte da suposta lista de escolas que serão fechadas, e do Alcides Correa e do Rafael Leme Franco, que podem fazer parte das mudanças propostas pelo Estado, para a transferência de estudantes que estudam em ciclos diferentes, evitando a mistura entre a faixa etária dos alunos.

“Essa reorganização é ruim, porque não tem uma discussão com a comunidade, e também porque vai superlotar a escola e o trabalho dos professores”, recorda o professor de filosofia Victor Hugo Benedeto, que lembrou que a intenção de separar os estabelecimentos por ciclos vai separar irmãos que estudam no mesmo lugar, fazendo com que os pais se desdobrem para levá-los para estudar.

O professor acredita que a série de protestos tem ajudado a sociedade a cobrar respostas do governo, para que não se tomem medidas unilaterais. “Temos uma evolução neste movimento, porque tem mais escolas, além da participação de alunos de outros lugares, como do Otoniel Motta, que também estão aqui. O Otoniel não deve sofrer nada com a reorganização, porém estão aqui, e isso representa a conscientização da sociedade de que essa reorganização é ruim, ruim para todos”, afirma Benedeto.

Divulgação das mudanças sai essa semana

A Secretaria de Educação do Estado prometeu que divulgará nesta semana os resultados dos estudos realizados sobre as unidades estaduais no município, que contará quais escolas sofrerão reformulação ou fechamento, durante essa semana.

O estado defende que a reorganização da rede de ensino a partir de 2016 vai impulsionar a criação de uma gestão pedagógica, que ajudará a implantação de ensino em tempo integral em mais regiões, e melhorará a gestão financeira dos recursos para educação.

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Leonardo Santos
Fotos: Leonardo Santos

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