Família viaja e, na volta, encontra casa ocupada com novos moradores
Família viaja e, na volta, encontra casa ocupada com novos moradores

Família viaja e, na volta, encontra casa ocupada com novos moradores

Fernanda, dona do imóvel, diz que vai acampar na porta do local até poder tê-lo novamente; “novos moradores” dizem que sairão do lugar em três meses

Uma família de Ribeirão Preto, que vive no bairro Cândido Portinari, foi surpreendida ao voltar para casa depois de uma viagem e encontrar outra família vivendo no mesmo lugar. Isso aconteceu com a família de Fernanda Souza, que no último sábado, 14, se deparou com a casa invadida, após passar uma temporada em São Paulo acompanhando os pais, que são idosos, em tratamento médico.

Fernanda conta que até mesmo os móveis da casa, e o carro da família que estava na garagem não foram encontrados. Ela diz que os vizinhos viram o veículo ser rebocado por um guincho. Já os moradores encontrados por Fernanda, disseram que compraram o imóvel de uma outra pessoa, que seria tia da moradora original, que teria cobrado R$ 160 mil pela casa, que ainda estaria sendo pagas em parcelas. A tia, chamada Fátima, nega que conheça os novos moradores.

No dia em que descobriu que sua casa tinha novos moradores, Fernanda foi para casa de parentes, e só retornou até lá na segunda-feira, 16, quando foi impedida pelos ocupantes de entrar, sendo ameaçada com um facão.

Ela retornou ao local com a Polícia, e conseguiu entrar na casa. A antiga moradora diz que encontrou as roupas queimadas, e notou o sumiço de alguns documentos, porém conseguiu recuperar outros, inclusive aqueles que comprovam que o imóvel é da família.

De acordo com o delegado Adilson Maffei, que está atendendo na delegacia, o caso será investigado, e aconselhou a família que afirma ser moradora original da casa a procurar a justiça fazendo um pedido de reintegração de posse. Fernanda conta que os novos moradores, quando intimados, não apresentaram nenhum documento, porém, após conversar com o delegado, disseram que sairia do local em três meses.

“Como vou fazer para ficar três meses fora de casa morando de favor, com criança pequena?”, questiona Fernanda, que afirma que ainda nesta quinta-feira, 19, vai voltar para a casa e acampar na calçada, até que os invasores deixem o local.

“Não tenho nem como cozinhar. Não tem mais nada dentro da minha casa. Se eu conseguir a doação de um colchão, eu vou para lá, nem que tenha de leva-lo debaixo do braço. Porque já que não posso entrar em minha casa, pelo menos na calçada eu acho que tenho o direito de ficar”, lamentou.


Imagem: Revide

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