Familiares lamentam morte de grávida morta a facadas
Muitos amigos e familiares lamentaram o caso nas redes sociais.

Familiares lamentam morte de grávida morta a facadas

Amigos e familiares procuram respostas para o crime; para esperar marido da vítima, que volta do exterior, enterro será nesta segunda, 27

Sem entender o motivo do crime que aconteceu na manhã deste sábado, 25, amigos e familiares velam os corpos de mãe e filha que foram mortas na manhã deste sábado, 25, pela própria avó. O caso aconteceu no bairro Ribeirânia, na zona leste de Ribeirão Preto.

Grávida de sete meses, Lígia Poggi Pereira, de 31 anos, foi atingida com um golpe de faca nas mãos e no abdômen. A gestante foi submetida a uma cesárea com urgência, mas ela e  o bebê não resistiram e vieram a falecer.  Seu outro filho de quatro anos também teve ferimentos no pescoço, porém permanece internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE). A criminosa também está internada, mas não corre risco de morrer.

Em entrevista ao Portal Revide, uma prima da família contou que a agressora, Alda Poggi Pereira, nunca apresentou motivos para brigas familiares. “Ela tocava piano na Igreja Santa Terezinha Doutora, e sempre foi uma boa mulher. Estamos todos chocados com a situação”, afirma a mulher que não quis se identificar.

Ela falou ainda que no momento em que aconteceu o crime, o pai da vítima, Luís Carlos Pereira, estava em um congresso em São Paulo e precisou adiar a sua viagem às pressas.

Enterro

Os corpos de Lígia e do bebê, que se chamaria Margarida, estão sendo velados no Velório da Saudade. O sepultamento estava previsto para acontecer às 16h, deste domingo, 26, porém, a família e os amigos pediram a funerária para alterar o horário do enterro. O motivo: o marido da gestante estava em viagem à Itália e retornará a Ribeirão Preto ainda esta noite.

Elas serão sepultadas na manhã desta segunda-feira, 27, às 8h.

Sofrimento

Em sua página na rede social, Facebook, marido da grávida, Matheus Vieira, lamenta a situação. “Arrancaram quase toda a vida, minha querida Lígia Poggi e nossa nova cria, a amada Margarida. Como pode o destino ser tão cruel? Há poucas horas conversávamos... Tenha paz, onde estiver, nossa exemplar mãe, estudante, pesquisadora, irmã, mulher que sempre foi. Me falta chão pra pisar, palavras pra descrever tamanho sofrimento...”, comenta o produtor cinematográfico.

Muitos amigos e familiares lamentaram o caso nas redes sociais. "Sempre tive uma dificuldade imensa de lidar com a morte. Fogem-me as palavras e fico com vergonha de proferir 'asneiras' numa hora tão difícil como essa. Então que meu silêncio ecoe pelos quatro cantos e que seja um salve pra sempre indecifrável e combativa Lígia Poggi Pereira, e que seu sorriso bonito alivie nossa caminhada nesse labirinto do viver", afirma um amigo em sua publicação no Facebook. 

 


Foto: Laura Scarpelini

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