Funcionários dos Correios farão manifestação em Ribeirão
Manifesto acontece nesta quarta-feira, a partir das 10h30, na esplanada do Pedro II; categoria cobra melhores condições de trabalho
Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) farão nesta quarta-feira, 27, uma paralisação com protesto na esplanada do Theatro Pedro II. A manifestação está marcada para começar às 10h30 e tem como principal reivindicação a melhoria das condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na ECT (SINTECT), as condições de trabalho pioraram bastante nos últimos anos, prejudicando os profissionais e colocando em risco a qualidade do serviço. Por isso a categoria se mobilizou e decidiu parar nesta quarta-feira.
Entre as principais reivindicações está a contratação de novos funcionários. “Nos últimos anos a empresa demitiu e não repôs. E isso tem prejudicado bastante a qualidade do trabalho que o tradicional carteiro executa em todo o País” – explicou a diretora do SINTECT-RPO, Fernanda Romano.
Ao mesmo tempo, muitos moradores não aceitam os eventuais atrasos nas entregas, que ocorre em função do déficit de servidores, o que provoca, às vezes, até agressão verbal ou física por parte do munícipe.
“Hoje são menos carteiros e mais cartas. É improvável que a qualidade vá ser a mesma de anos atrás. Infelizmente a população não conhece a realidade, o que faz sobrar para os trabalhadores” – comentou Fernanda.
A falta de segurança também tem amedrontado os profissionais. Nos últimos meses foram vários assaltos em Ribeirão Preto, principalmente com os entregadores de mercadorias do Sedex. Só no último crime, cinco menores armados aproveitaram o momento da entrega para assaltarem o funcionário com uma faca. Foram levadas cinco caixas com encomendas no Parque Ribeirão Preto.
“Os assaltos acontecem tanto na rua, quanto nas agências. Ou seja, algo deveria ser feito com urgência. Seguranças e até mesmo escolta armada deveriam ser contratados para minimizar o drama”, cobrou Fernanda.
Para piorar a situação, o plano de reestruturação dos Correios prevê o fechamento de mais de duas mil agências espalhadas pelo País, o que pode comprometer ainda mais a qualidade do trabalho.
“Hoje o profissional já se sente sobrecarregado. Há alguns anos eram mais trabalhadores, mas as pessoas se aposentam. Faz parte da vida. Com menos agências, sobrará mais serviço com a mesma quantidade de correspondências”, apontou Fernanda.
Foto: Divulgação
