Gaeco de Ribeirão Preto deflagra operação contra fraudes em licitações e prende 4 pessoas na região
Investigados estão sendo levados à Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro de Ribeirão Preto

Gaeco de Ribeirão Preto deflagra operação contra fraudes em licitações e prende 4 pessoas na região

Empresas do mesmo grupo simulavam concorrência para vencer licitações de publicidade oficial, segundo o MP

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Ribeirão Preto deflagrou a operação "Urutau", na manhã desta terça-feira, 23, contra fraudes em licitações de prefeituras da região. A força-tarefa contou com o apoio da Polícia Militar (PM) e, ainda, está em andamento. Quatro pessoas, sendo duas mulheres e dois homens, foram presos temporariamente suspeitos de fazerem parte da quadrilha.

 

Segundo o promotor de Justiça do Gaeco-Ribeirão Preto, Frederico Francis Mellone de Camargo, a quadrilha fraudava licitações voltadas à contratação de empresas terceirizadas para publicidade de atos administrativos de prefeituras de São Paulo e de outros estados, em jornais de grande circulação e diários oficiais. O grupo criava diferentes empresas de fachada com aparência de autonomia que, juntas, simulavam concorrências e direcionavam as licitações.

 

Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 9 de busca e apreensão em Ribeirão Preto e na região. A Justiça de Ribeirão Preto ainda determinou o bloqueio de bens dos investigados, com quantias que chegam a R$ 3 milhões. Os suspeitos foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro, e prestarão depoimento antes de serem encaminhados ao sistema prisional para o cumprimento dos mandados temporários, de 30 dias.

 

Ao todo, 12 viaturas, 36 policiais e seis promotores de Justiça participam da operação. Segundo o MP, o nome da operação deriva da ave Urutau, que é conhecida por utilizar suas plumas para realizar camuflagens em troncos de árvores. Os investigados responderão por fraude, associação para organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Portal Revide acompanha o caso.


Foto: João Pala/Revide

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