Gaeco realiza operação contra corrupção na Região Metropolitana de Ribeirão Preto
O nome da operação é uma referência ao deus da mitologia Nórdica, Loki, conhecido como o pai da mentira, da trapaça, da farsa

Gaeco realiza operação contra corrupção na Região Metropolitana de Ribeirão Preto

Mandados de busca e apreensão contra fraudes em licitações são cumpridos principalmente em Orlândia

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (Unidade Regional de Ituverava), e com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (região do Comando de Policiamento do Interior Três – CPI-3), deflagrou a “Operação Loki”, na manhã desta segunda-feira, 16, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, com foco em Orlândia.

O objeto da operação é desarticular uma organização criminosa, formada por servidores públicos e empresários, responsáveis por fraudar inúmeras licitações da Prefeitura Municipal de Orlândia. As investigações começaram há mais de um ano e, até o presente momento, foram identificadas fraudes em pelo menos 23 licitações, superfaturamento de contratos, além de irregularidades em ao menos 13 contratações por meio de dispensa e inexigibilidade de licitação.

As licitações sob investigação resultaram na celebração de contratos que somam mais de R$ 14 milhões. Dentre os investigados estão diversos funcionários públicos, incluindo secretários municipais, diretores de departamentos, membros da comissão de licitações, engenheiros, advogado, além de empresários.

Nesta segunda-feira, 16, foram cumpridos 115 mandados de busca e apreensão nas cidades de Orlândia, Nuporanga, Sales Oliveira, Morro Agudo, São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Araraquara, Caraguatatuba, Taubaté, Itanhaém, além da Capital. Na cidade de Orlândia também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em nove prédios públicos, incluindo o Paço Municipal, diversas Secretarias (saúde, educação, desenvolvimento e assistência social, infraestrutura), almoxarifado, departamento de licitações, mini hospital e departamento de água e esgoto – DAE.

O nome da operação é uma referência ao deus da mitologia Nórdica, Loki, conhecido como o pai da mentira, da trapaça, da farsa. As investigações prosseguirão para delimitar a participação de cada um dos integrantes na organização criminosa, bem como para apurar a prática de crimes como corrupção de agentes públicos, lavagem de dinheiro, cartel, falsificação de documentos, além de outras fraudes em licitações.

O Portal Revide tentou contato por telefone com o executivo de Orlândia, mas a ligação não foi atendida. Acompanhe mais informações. 

Colaboração: João Camargo


Foto: Alf Ribeiro - Expresso Studio

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