Golpistas criam contas fakes com o nome da Adevirp
Nas redes sociais, chave Pix e perfis falsos foram divulgados no último domingo, após participação da entidade no quadro The Wall do Domingão com Huck
A Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (Adevirp) foi vítima de crimes digitais no último domingo, 10, após participação no programa Domingão com Huck, no quadro The Wall. Contas fakes foram criadas com o nome da instituição a fim de angariar novos seguidores e disseminar uma outra chave pix, sem nenhum vínculo com a entidade.
“Foi desesperador saber que as pessoas de boa fé, que estavam prontas para nos ajudar, podiam estar caindo em golpes”, relata Marlene Taveira Cintra, fundadora e presidente da Adevirp. “Nós nos sentimos abraçadas por todo o Brasil, deixamos tudo preparado para que todos nos conhecessem da melhor forma possível”, completa.
O movimento de criação de contas fakes vem se tornando cada dia mais comum, principalmente com pessoas e instituições que participam de programas de abrangência nacional.
“No momento, fizemos uma força tarefa de denúncia das contas para que elas caíssem. Além disso, pedimos para todos os amigos, parceiros e educandos compartilharem a conta oficial da instituição”, afirma Marcela Baggini, da comunicação da Adevirp.
Os recursos conquistados no programa são de extrema importância para a manutenção das atividades da Adevirp, que também contava com as doações dos telespectadores via Pix ou Vakinha. Com a criação dos fakes, a instituição avalia que os prejuízos chegam até aos telespectadores, que podem ter seguido e doado para pessoas que cometem crimes digitais.
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Participação no programa
Após participação no game The Wall, do Domingão com Huck, a Adevirp faturou cerca de R$130mil para a manutenção das atividades que beneficiam mais de 250 educandos de mais de 40 cidades.
Com a participação da fundadora e presidente, Marlene Taveira Cintra, e da Ludmila Puntel, voluntária da instituição, a associação traz sua alegria e seu apelo por uma sociedade mais acessível para dentro da casa de milhões de brasileiros.
“Eu posso falar que fui atendida pelo paramédico do programa”, conta Ludmila . “Eu fiquei tão tensa, apreensiva, com medo de errar, que, assim que o programa acabou, meu corpo demonstrou os sinais da tensão. O importante é que tudo deu certo e rapidamente voltei ao meu normal”, completa a voluntária, que, há anos, doa a sua voz para a produção de livros falados da Adevirp. Além dela e da professora Marlene, Luiz Puntel, voluntário e pai da Ludmila; e Alcinéia Ferreira, assistente social da Adevirp, também estiveram presentes na gravação.
Para Marcela Baggini, do marketing da instituição, a exposição da Adevirp é apenas a coroação do trabalho realizado no Jardim Irajá, em Ribeirão Preto. “Tivemos muito trabalho para fazer o The Wall se tornar uma realidade, mas quando a gente pensa que estamos ali, na figura da professora Marlene, representando as Pessoas com Deficiência Visual e suas famílias, a gente entende o impacto social que esse trabalho tem. É dizer que sim, vocês podem!”, afirma Marcela.
O recurso arrecadado durante o The Wall vai ser destinado para a manutenção das atividades da Adevirp, que hoje atua em frentes que vão desde questões triviais para as Pessoas com Deficiência Visual, como Orientação e Mobilidade, até projetos pioneiros no país, como aulas de patinação para crianças e adolescentes.
Foto: Divulgação