Greve do INSS completa 14 dias

Greve do INSS completa 14 dias

Greve dos servidores do INSS completa 14 dias de paralisação nesta terça-feira, dia 21; paralisação permanece pelo menos até dia 23

Em assembleia realizada em Ribeirão Preto nesta segunda-feira, dia 20, servidores públicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram pela permanência da paralisação das duas Agências da Previdência Social (APS) da cidade.

Segundo Antônio Carlos Versolato, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), a greve em Ribeirão Preto permanece até nesta quinta-feira, dia 23, quando haverá uma nova assembleia para discutir o que foi apresentado pelo governo durante as negociações e se a greve permanecerá.

“Nossas representantes, assim como toda a categoria, ficaram infelizes e não compreenderam o motivo de o governo permanecer com a mesma posição. Os valores apresentados para o ajuste de salário em 21,3% [a categoria reivindica 27,6%] foi apresentado na primeira semana de greve. Porém, o governo permanece com este índice e só acrescentou o aumento dos auxílios [Escolar, Creche, Alimentação e uma suplementação ao Plano de Saúde]. A categoria avaliou que os números apresentados não são muito interessantes”, explica Versolato.

Na manhã desta quarta-feira, dia 22, a partir das 9 horas, os servidores federais realizarão um ato público em frente APS da rua Amador Bueno para prestarem esclarecimentos à população sobre a greve. “Esperamos atingir o máximo possível de repercussão com esta ação”, comenta Versolato.

Ato Público

Esta terça-feira foi marcada por reuniões em diferentes localidades do país: dentre eles em Brasília e em São Paulo. Alguns representantes da categoria se reuniram com Sérgio Mendonça, Secretário das Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para discutem as exigências com relação ao plano de carreira e itens relacionados a incorporação de gratificações e melhores condições de trabalho.

Outro grupo de servidores ocupou o saguão da Superintendência Regional Sudeste I do INSS. Na ocasião, os servidores foram atendidos pela gerente executiva do INSS, Ivete Rocha Bittencourt. “Um dos pontos mais abordados foi a falta de condições de trabalho que abrange desde a falta de material a problemas de higiene e segurança nas Agências, bem como o número reduzido de servidores e a necessidade de novos concursos. Os absurdos das metas também foram amplamente expostos pelos servidores”, explica o delegado sindical Antônio Carlos Versolato.

Adesão

Segundo um balanço da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) 25 estados já participam do movimento, com 80% de adesão dos trabalhadores. Com exceção do Amazonas e Rondônia onde há uma paralisação parcial. E Roraima. Segundo Versolato, não há notícias sobre o estado.

Já a estimativa do Ministério da Previdência Social mostra que 11,49% dos funcionários aderiram à greve. No total, 45,7% das agências funcionam com atendimento parcial e 16% estão completamente paradas, segundo o balanço do ministério.

No estado de São Paulo, 33% das agências funcionam parcialmente e 10% estão totalmente paralisadas, de acordo com o último balanço do Ministério da Previdência Social.

Os servidores rejeitaram, na última sexta-feira (17), em assembleia no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), a proposta de reajuste de 21,3%, dividido em quatro anos.

Atendimento

O INSS informa que as datas de atendimento serão remarcadas pela própria agência e que as dúvidas podem ser esclarecidas pela central do telefone 135. Em nota, o INSS informou que considerará a data originalmente agendada como a de entrada do requerimento, "de modo a evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados".

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Bruno Silva
Foto: Julio Sian

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