Greve dos caminhoneiros: estoques da Ceagesp estão quase zerados
Saca da batata teve alta de 150%, em Ribeirão Preto

Greve dos caminhoneiros: estoques da Ceagesp estão quase zerados

Paralisação também fez o preço dos alimentos dispararem

A greve dos caminhoneiros, que chega ao quinto dia, nesta sexta-feira, 25, fez com que os estoques da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de Ribeirão Preto, ficassem praticamente vazios e os preços de alguns produtos disparassem.

O engenheiro agrônomo da Ceagesp, David de Lima Isaac, revela que a Companhia funcionou hoje com aproximadamente 50% da capacidade e que a semana se encerra com os estoques praticamente zerados.

“A comercialização que tivemos hoje foi dos produtos que estavam em estoque. Poucos produtores da região conseguiram comercializar seus produtos usando veículos pequenos para o transporte”, conta Isaac.

Em relação aos preços, a batata foi o produto que apresentou a maior alta. Em dias normais, o produto é vendido por aproximadamente R$ 80 a saca de 50kg. Nesta sexta, foi comercializado na faixa de R$ 180 a R$ 200, na mesma quantidade - uma alta de aproximadamente 150%. O tomate também subiu. A saca que era comercializada na faixa dos R$ 70, amanheceu valendo R$ 100.

O preço do frete é um importante fator na composição do preço dos produtos. “Se o caminhoneiro é parado ou encontra dificuldades em progredir em algum município que a greve esteja mais forte, isso reflete no tempo da viagem e no valor do frete”, explica o agrônomo.

A Ceagesp de Ribeirão Preto distribui mensalmente 25 mil toneladas de alimentos. Os principais produtos comercializados pela Companhia no município são batata, banana, tomate, laranja e cebola.

A perspectiva é que o desabastecimento comece a afetar mais severamente os consumidores a partir da próxima semana. Isaac explica que, mesmo que a greve acabe na segunda-feira, 28, por exemplo, o mercado levará um tempo para voltar ao normal. “Temos muitos produtos vindos do nordeste e também do sul. Não iremos voltar ao normal de um dia para o outro”, finaliza.

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Sob supervisão de Marina Aranha.


Foto: Pixabay

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