Greve dos caminhoneiros: há risco de preços dos alimentos subirem em Ribeirão Preto
Especialista da Ceagesp explica que, até o momento, os preços permanecem os mesmos, mas dependem do desenrolar da greve

Greve dos caminhoneiros: há risco de preços dos alimentos subirem em Ribeirão Preto

Paralisação em todo o País completa três dias nesta quarta-feira, 23

Com a greve dos caminhoneiros, que paralisaram as atividades em estradas brasileiras, o preço dos alimentos pode sofrer alterações em Ribeirão Preto, embora ainda seja cedo para garantir a mudança de preços, conforme afirma o engenheiro agrônomo da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de Ribeirão Preto, David de Lima Isaac.

A paralisação, que completa três dias nesta quarta-feira, 23, provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos em diversos pontos do país.

Segundo Isaac, o preço do frete é um importante fator na composição do preço dos produtos. “Se o caminhoneiro é parado ou encontra dificuldades em progredir em algum município que a greve esteja mais forte, isso reflete no tempo da viagem e no valor do frete”, explica o agrônomo.

A Ceagesp de Ribeirão Preto distribui mensalmente 25 mil toneladas de alimentos. Os principais produtos comercializados pela Companhia no município são batata, banana, tomate, laranja e cebola.

Apesar de ser precoce, Isaac admite que o preço da batata começa a oscilar na cidade. “Ainda é cedo para cravarmos um aumento. Precisamos ver quanto tempo essa greve irá durar. Caso ela continue por muito tempo, a tendência com essa oscilação é o preço subir”, comenta o especialista. Isaac explica que, ao longo da semana e com o desenrolar da greve, terá números mais precisos dos preços dos alimentos na cidade.

Entenda

Os caminhoneiros protestam contra o aumento do preço dos combustíveis, especialmente o diesel, e a cobrança de pedágios, mesmo quando os veículos estão com os eixos levantados. O protesto, que começou na última segunda-feira, 21, em estradas do País, não tem prazo para chegar ao fim.

Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras e redução da carga tributária para o diesel. O Governo Federal, contudo, não pretende alterar a política de reajustes, apesar da Petrobras, após pressão, reduzir em 1,15% o preço do diesel.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil),Valter Casimiro Silveira (Transportes) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) vão conversar com os presidentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues, e da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, na tentativa de uma resolução para a greve. A reunião teve início às 14h desta quarta-feira, 23.


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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