Greve dos servidores causa fila e tumulto em postos de saúde de Ribeirão
Greve dos servidores causa fila e tumulto em postos de saúde de Ribeirão

Greve dos servidores causa fila e tumulto em postos de saúde de Ribeirão

Pacientes reclamavam de esperas de até cinco horas para procedimentos simples

A greve dos servidores públicos municipais que teve inicio na última sexta feira, 6, está causando problemas ao sistema de saúde da cidade. Os principais postos de saúde de Ribeirão Preto estão sobrecarregados devido à falta de funcionários.

Os diretores do Sindicato dos Servidores afirmam acatar determinação da legislação, que prevê que ao menos 30% dos serviços continuem funcionando para não prejudicar tanto a população.

A UBDS Central, na Avenida Jerônimo Gonçalves, está com as portas fechadas, apenas recebendo pacientes em caráter de emergência. Do lado de fora do hospital só é possível encontrar cartazes da greve e poucos funcionários de braços cruzados.

Muitos munícipes davam de cara com as portas fechadas da  UBDS Central e eram forçados a migrar para as UPAs do Jardim Paulista e da Vila Virgínia, que, segundo funcionários, estão atendendo normalmente. Mães com criança de colo e pessoas com a saúde debilitada reclamavam que não foram avisadas que a unidade central estaria inoperante.

Em visita realizada à UPA da Avenida Treze de Maio, o Portal Revide flagrou atendimento fora da normalidade. A lotação acima faz com que não existam quase lugares vagos para se sentar dentro da unidade, alguns pacientes esperam do lado de fora. Até a disponibilização de cadeiras de rodas feita pelo hospital não dava conta da demanda.

Pacientes não urgentes, que segundo a classificação do hospital possuem um tempo de atendimento previsto de até 240 minutos, reclamavam por aguardar até cinco horas na fila; uma hora a mais que o estimado. Nesta categoria estão procedimentos simples, como a obtenção de resultados de exames já realizados.

Contudo, os casos que mais lotam o hospital são os de classificação verde e amarela; menos graves e urgentes, respectivamente. Nestes, a demora para um atendimento girava em torno de quatro horas, ultrapassando em duas horas o tempo previsto para os casos menos urgentes e em três horas os urgentes.

O Portal Revide tentou entrar em contato com a Prefeitura para mais esclarecimentos, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve resposta.


Foto: Paulo Apolinário

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