Greve geral afeta o transporte público de Ribeirão Preto
Greve geral afeta o transporte público de Ribeirão Preto

Greve geral afeta o transporte público de Ribeirão Preto

Oficial de justiça não conseguiu entregar liminar que determina 80% da frota nas ruas nesta sexta-feira, 28

O comerciante Clovis Gonçalves não encontrou ônibus para ir até o despachante pegar alguns documentos. O motivo é a greve geral, que teve, entre os serviços paralisados em Ribeirão Preto, o transporte coletivo, nesta sexta feira, 28. Gonçalves conta que sabia da paralisação, porém, resolveu arriscar por ter sido informado de que a justiça determinou que 80% da frota fosse às ruas. 

A Prefeitura de Ribeirão Preto informou em nota que o oficial de justiça não conseguiu entregar a notificação da liminar ao Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte Urbano e Suburbano de Passageiros de Ribeirão Preto e Região, pois o órgão estava fechado no momento da entrega. Por isso, sem serem notificados, os motoristas não estão determinados a cumprir a liminar.

A situação de Gonçalves é a mesma da correspondente bancária Drielly Felicio, que é de Pontal, mas veio para Ribeirão Preto trabalhar razão da mesma informação. Drielly diz que não é contrária à greve, pois acha legítima a cobrança das categorias que pararam nesta sexta-feira. "Estamos em um momento que não podemos confiar em muita coisa. Acredito que deve haver uma reforma na Previdência e Trabalhista, porém, isso tem de ser bem explicado e não pode tirar tantos direitos dos trabalhadores. Uma pessoa bem informada pode sentar com o patrão e negociar, mas os menos instruídos vão sofrer. Que argumento ele vai poder por na mesa? Existem bons patrões, mas também ruins", comentou Drielly, que teve de voltar para a cidade em que vive.

O mototáxi, uma opção para aqueles que arriscaram ir ao trabalho, não entrou na conta dela, que considerou o preço salgado. 

No Centro de Ribeirão, os mototaxistas dizem que as tarifas não estão mais caras, já que muitas pessoas se preparam para ficar em casa ou ir ao trabalho de outra forma, porém há relatos de profissionais cobrarem até R$ 30.


Foto: Leonardo Santos

Compartilhar: