Guias do Pedal: passeios ciclísticos a deficientes visuais em Ribeirão Preto

Guias do Pedal: passeios ciclísticos a deficientes visuais em Ribeirão Preto

Objetivo do grupo de voluntários é incentivar o uso das bicicletas e oferecer momentos divertidos a quem não consegue enxergar

Reunindo 17 deficientes visuais em um domingo por mês, das 8h às 11h, o projeto Guias do Pedal conta com o apoio de dois educadores físicos da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (Adevirp) para levar ao grupo um passeio ciclístico na ciclofaixa que liga os parques Raya e Curupira.

Ao todo já são 20 voluntários inseridos na causa. Eles têm a missão de guiar os deficientes visuais em bicicletas para duas pessoas.

A faixa etária dos participantes é de 18 a 60 anos e pedalam no mínimo 25 minutos.

Para um dos organizadores do projeto, Carlos Marin, a maior dificuldade é a falta de bicicletas. “Temos que chegar muito cedo para alugarmos as bicicletas, pois não temos prioridade. E para nos livrarmos do aluguel, flexibilizamos as datas e os horários. Para atender um maior número de deficientes visuais, precisamos comprar as bicicletas,” relata.

Marin comenta ainda que cada bicicleta custa em torno de R$ 3 mil e precisam de cinco delas. Enquanto não conseguem os patrocínios suficientes, a ação continua sendo tocada com as bikes oferecidas pelos parques.

Como começou

A ideia teve início em Brasília (DF) onde André Guerreiro participava de um passeio ciclístico quinzenal com deficientes visuais, com o nome de “DV (Deficiente Visual) na Trilha”.

Guerreiro gostou da idealização e resolveu convidar outros amigos para criar o projeto em Ribeirão Preto.

“Quando mudei para Ribeirão, quis trazer isso para cá. Comentei com um amigo, que comentou com outro e acabou dando certo", contou.

Hoje, além de André, o Guias do Pedal conta com mais dois organizadores, que são Carlos Marin e Marcus Bellizzi.

Segundo os organizadores, o projeto está em fase de captação de recursos, contemplado por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, que permite às empresas repassarem sem custo algum recursos a projetos esportivos e paradesportivos por meio da renúncia de 0,01 a 3% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a projetos credenciados pela Secretaria Estadual de Esportes.

Revide Online
Laura Scarpelini
Fotos: Divulgação

 

Compartilhar: