Homenagem à Maria Zeferina Baldaia encerra cerimônia de abertura da 28ª Fenasucro & Agrocana

Homenagem à Maria Zeferina Baldaia encerra cerimônia de abertura da 28ª Fenasucro & Agrocana

Atleta agradeceu apoiadores e em especial ao empresário Maurilio Biagi Filho

A abertura oficial da 28ª Fenasucro & Agrocana, nesta terça-feira, 16, terminou no final da tarde com muita emoção. Em um auditório lotado, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, a atleta Maria Zeferina Baldaia foi homenageada por suas conquistas e história de superação. 

 

Na ocasião, ela recebeu das mãos de Plínio Nastari, presidente da Datagro e uma das maiores referências do setor sucroenergético, um ramalhete de flores. Posteriormente foi presenteada com um quadro de reconhecimento do CeiseBr , das mãos da diretora da entidade, Rosana Zumstein, e com uma cesta de chocolates, de Antonio Eduardo Tonielo, presidente hemérito da Fenasucro & Agrocana. 

 

O momento mais marcante foi quando o mestre de cerimônia do evento chamou a atleta para repetir um abraço recebido do empresário e seu grande incentivador, Maurilio Biagi Filho, há 21 anos quando Maria Zeferina se preparava para disputar a São Silvestre que marcou a sua carreira. 

 

Antes de dar o abraço, Maurilio contou um pouco sobre como conheceu a atleta, ainda correndo descalça pelos canaviais. “A Rose, gerente de Recurso Humanos da Usina Santa Elisa à época, me disse que tinha uma moça sempre correndo pelos canaviais descalça e com o sonho de ser atleta. Na hora falei: compra o tênis para ela logo. Assim fui apresentado a ela e começamos a patrociná-la. Para mim é uma emoção muito grande estar aqui hoje e poder homenageá-la. Parabéns ao Ceise por essa iniciativa”, contou o empresário. 

 

Maurílio revelou ainda que pouco tempo depois, em uma festa de confraternização da Usina Santa Elisa no ano de 2001, às vésperas da São Silvestre, a encontrou pessoalmente. “Dei um abraço nela e falei ao pé do seu ouvido: Maria, vá com Deus. Não se preocupe. Você não tem nenhuma obrigação de ganhar a São Silvestre. Independentemente do lugar que você chegar, já é uma vencedora, é a mesma coisa. Ela foi e ganhou!", completou Biagi. 

 

Ao final da cerimônia, Zeferina foi simbolicamente correndo ao microfone, resumiu sua história de luta, agradeceu aos apoiadores e a todos que colaboraram para sua trajetória de sucesso. Emocionada, deixou um recado: “Correr para mim é tudo, é minha vida. Era meu sonho, eu lutei e consegui realizar. Portanto, nunca desistam de seus sonhos. Corram atrás, acreditem. A vida é curta. A gente tem que agarrar cada momento. Eu levei muitos tombos, mas levantei, sacodi a poeira e dei a volta por cima. E aprendi, se a vida der um limão, faça uma limonada e não desistam”. 

 

História de superação 
 

A ex-trabalhadora rural passou por muitas dificuldades até chegar ao reconhecimento. Ainda na infância, Maria Zeferina começou a trabalhar junto com os pais no corte de cana-de-açúcar. Chegou a ter outras profissões, como faxineira e babá, mas não deixou de perseguir o sonho do atletismo, correndo descalça em meio aos canaviais da área rural de Sertãozinho. 

 

Somente aos 20 anos de idade conseguiu o primeiro par de tênis, que foi doado pela Usina Santa Elisa através de seu presidente à época, Maurilio Biagi Filho, que assim que ficou sabendo do sonho de Maria, a apoio de pronto e incentivou a seguir em frente na carreira. E não demorou para que a maratonista chagasse à elite do atletismo brasileiro. No currículo, Maria Zeferina coleciona as maiores competições do Brasil, entre elas a São Silvestre, onde chegou ao pódio em 2001. 

 

Anos mais tarde ingressaria também na política, tornando-se vereadora em Sertãozinho, ocupando uma cadeira na Câmara Municipal (2009-2012). Em 2022, prestes a completar 50 anos, a atleta planeja a aposentadoria das pistas para se dedicar a outros projetos na área esportiva. Por esse legado de sucesso e superação, CEISE Br. e Fenasucro & Agrocana prestaram a justa homenagem.


Foto: Divulgação

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