Índice mostra que em 2016 Ribeirão ‘recebeu bem’, mas ‘pagou muito’
Índice Firjan de Gestão Fiscal aponta que Ribeirão Preto travou nas altas dívidas e pouco investiu
A crise econômica e os altos custos de despesas rígidas contraídas levaram os municípios brasileiros a uma situação delicada. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que analisou as contas das cidades brasileiras, as prefeituras fecharam o ano de 2016 em “dificuldade”.
Ribeirão Preto está entre as 4,5 mil cidades analisadas e se enquadrou numa situação similar a de outros 2,6 mil municípios brasileiros, como aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado nesta semana, que analisa as contas dos municípios com base em dados enviados pelas prefeituras ao Tesouro Nacional.
O indicador leva em conta cinco critérios: capacidade de arrecadar sem depender dos repasses dos estados e da União, gastos com pessoal em relação ao Orçamento, suficiência de caixa, capacidade de fazer investimentos e endividamento no ano de 2016. Ribeirão Preto recebeu um conceito de “gestão em dificuldade”.
O município até se destacou na geração de receita própria, fazendo parte de um grupo de apenas 136 prefeituras que conseguiram ter mais de 40% de suas receitas oriundas da arrecadação de tributos municipais, mostrando que Ribeirão Preto é menos dependente dos recursos financeiros por parte do Governo Estadual e Federal.
Porém, a situação quanto aos pagamentos de dívidas e investimentos no município está no caminho contrário. Em todo o País, somente 30% do total das cidades conseguiram ter boa gestão da folha de salários, o que não foi o caso de Ribeirão Preto no último ano de gestão Dárcy Vera, e por isso o município recebeu um conceito C, que aponta as dificuldades na gestão.
Além disso, o índice ainda considerou que o custo da dívida do município está abaixo do apontado em outras cidades, e levou um conceito B, mas isso não necessariamente significa uma situação positiva, porque pode dizer, também, que a cidade parou.
Segundo apontam os especialistas da Firjan, esse custo da dívida com bom desempenho significa que os municípios tiveram pouco acesso a financiamentos junto às instituições bancárias, que explica as dificuldades em investir. Esse conceito, inclusive, aparece na pior das notas do município no levantamento, que ficou abaixo de 0,4 ponto - o que é considerado crítico.
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Foto: Revide