Judeus de Ribeirão Preto fazem ato pró-Israel na Esplanada do Pedro II
Manifestantes seguravam cartazes pedindo paz e prestando solidariedade

Judeus de Ribeirão Preto fazem ato pró-Israel na Esplanada do Pedro II

Discursos evitaram tom político e prestaram apoio e solidariedade aos israelenses feitos reféns pelo Hamas no ataque de 7 de outubro

Dezenas de judeus de Ribeirão Preto reuniram-se, na manhã deste domingo, 05, na esplanada do Theatro Pedro II, em ato pró-Israel e em homenagem às vítimas do ataque coordenado de 7 de outubro a Israel pelo grupo radical islâmico Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos. Desde então, a contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas, já provocou a perda de mais de 8 mil vidas.

 

Às 9h os primeiros manifestantes já se concentravam em uma barraca montada na esplanada, em frente à cafeteria Cafés Pagliaroni, localizada ao lado do Centro Cultural Palace. A maioria portava bandeiras de Israel – algumas amarradas ao próprio corpo – e cartazes pedindo paz ou prestando solidariedade aos cerca de 200 reféns ainda em poder do Hamas. Quando o carro de som começou a tocar músicas hebraicas, uma grande roda se formou e as famílias presentes começaram fazer danças típicas agrupadas em uma grande roda - alguns dançavam de braços dados, em fileiras.

 

O ato teve início, oficialmente, com uma foto de todos os manifestantes posando com as bandeiras e cartazes. Seguiram-se discursos de representantes da comunidade judia local, da sinagoga messiânica Espaço Torah e da Sociedade Israelita de Ribeirão Preto (Sirp), que evitaram o tom político e reforçaram o apoio e a solidariedade às vítimas dos ataques recentes. Em seguida, foram acesas velas em um menorah (candelabro de sete braços que é um dos principais símbolos do Judaísmo) ao pé do qual foram fixadas fotos de alguns judeus que permanecem reféns do Hamas em Gaza.

 

O professor Jonas Glauco da Costa Baldini explicou que a menorah foi entregue a Moisés, o profeta, e simboliza o povo judeu, sua resiliência e equilíbrio. “Ela tem sete braços e se equilibra porque o povo de Israel vive em equilíbrio constante. Acendemos as velas representando uma luz em memória de cada uma das almas (vítimas dos ataques). Nós cremos que o número 7 simboliza a perfeição – o sétimo dia é o sagrado. Então acendemos sete luzes em homenagem aos reféns e às pessoas que morreram no dia 7 de outubro. O ato de hoje é em homenagem a eles e também contra o antisemitismo. Queremos mostrar que nós, israelenses, somos pela vida e pela paz”, declarou.

A dona de casa Leandra Messias estava no ato com o marido e três filhos pequenos – Rafael, de 5 anos, e as gêmeas Alice e Lívia, de 3 –, que seguravam, cada um, a foto de uma criança feita refém no ataque 7 de outubro. “A gente está aqui apoiando Israel, que está sempre sendo atacado. A gente sabe que há vítimas inocentes de ambos os lados e infelizmente é uma guerra com perdas dos dois lados, mas apoiamos Israel”, afirmou.

 

Presente ao ato, o vereador André Rodini foi um dos últimos a discursarem, e o ato foi encerrado sem incidentes. Viaturas e motos da Polícia Militar permaneceram nas proximidades durante toda a manifestação para garantir a segurança.

 


Fotos: Yara Racy

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