Justiça cancela audiências de Ichisato desta sexta-feira
Em dois dias, 16 pessoas foram ouvidas no processo que apura a morte do estudante Marcos Delefrate, ocorrida há dois anos
A Justiça cancelou a audiência desta sexta-feira, dia 3, que ouviria testemunhas de defesa do caso da morte do estudante Marcos Delefrate, ocorrida em junho de 2013, quando ocorria uma manifestação que reuniu cerca de 25 mil pessoas contra o reajuste do transporte público. Várias manifestações ocorreram em todo o País.
O estudante morreu após atropelamento de uma Range Rover dirigida por Alexsandro Ichisato de Azevedo, que está preso há dois anos e que vem acompanhando os depoimentos desde quarta-feira, dia 1º. Na quarta-feira foram ouvidas 12 pessoas e na quinta-feira, dia 2, mais quatro.
As audiências são de instrução do processo e a Justiça decidirá se o acusado irá a julgamento popular. Ichisato é acusado de homicídio doloso - quando há intenção de matar - duplamente qualificado. Para a defesa, no entanto, ele agiu em legítima defesa, já que os manifestantes teriam cercado seu carro
Nesta sexta-feira deporiam testemunhas de defesa, mas o advogado que defende Ichisato, Wagner Severino Simões, entendeu que os depoimentos não serão necessários.
As audiências realizadas foram conduzidas pela juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra e a intenção era ouvir 23 testemunhas de acusação e defesa nos três dias. O promotor Marcus Túlio Nicolino, que faz a acusação, defende que Ichisato vá a jurí popular pela morte do estudante e por tentativas, já que mais quatro pessoas foram atropeladas.
Para o promotor, o acusado da morte e das tentativas teria condições de evitar o atropelamento, caso voltasse de ré, já que os manifestantes estavam apenas na parte frontal do carro, mas Ichisato preferiu acelerar sobre manifestantes.
Revide On-line
Fotos: Ibraim Leão
