Justiça condena delegado aposentado por dois crimes em Ribeirão
Defesa do delegado afirma que houve erro da justiça

Justiça condena delegado aposentado por dois crimes em Ribeirão

TJ considerou que José Gonçalves Neto praticou os crimes de peculato e prevaricação quando esteve à frente da DIG

O delegado aposentado da Polícia Civil José Gonçalves Neto foi condenado a quatro anos de prisão em regime aberto e multa de R$ 18 mil pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que julgou denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) de que Neto teria cometido crimes de peculato e prevaricação.

Neto esteve à frente da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Ribeirão Preto, e foi denunciado pelo MPE pelos crimes de prevaricação, por supostamente deixar de cumprir suas funções, como a não instauração de inquéritos policiais, além do crime de peculato, por não ter depositado em juízo o valor de R$ 250 mil, fruto de apreensões de operações da polícia.

Os fatos foram comunicados à Corregedoria de Polícia Civil, que apurou a prática de procedimentos denominados “autuação provisória”, em que o levantamento de provas deveria ocorrer antes da abertura do inquérito, o que fez a corregedoria apontar que foram cometidos vários crimes de prevaricação.

A defesa do delegado alega que a demora na conclusão das investigações se deve ao acúmulo de trabalho e que a questão do dinheiro e os bens que não haviam sido depositados em juízo são resultado de apreensões da Polícia Militar em diversas ocorrências, que ficaram guardadas na delegacia para que as vítimas pudessem saber se eram os objetos e dinheiro roubados ou furtados delas. Ele teria, inclusive, chamado a imprensa a ajudar na divulgação para que as vítimas fossem à delegacia fazer o reconhecimento.

Os advogados também informaram que irão recorrer da sentença, por considerar um “erro judicial”, e acreditam que Neto será inocentado em segunda instância. A defesa também lembra que existiam outras acusações contra o delegado, mas que foram julgadas e o inocentaram.


Foto: Arquivo Revide

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