Lojista que já agrediu agentes da Fiscalização é detido, em Ribeirão Preto

Lojista que já agrediu agentes da Fiscalização é detido, em Ribeirão Preto

Eduardo Cornelio participava de protestos contra as medidas de restrições e manteve comércio aberto durante Fase Emergencial

O lojista Eduardo Cornelio foi conduzido ao 1º Distrito Policial de Ribeirão Preto na manhã desta terça-feira, 16, por desrespeitar o decreto que previa o fechamento do comércio considerado não essencial. 

Antes da abordagem, Cornelio publicou um vídeo nas redes sociais no qual afirma que recebeu informações de que seria preso. "Eu não vou correr desses caras, entendeu? Na hora que eles chegarem eu vou por ao vivo. Fontes seguras, um monte de ligação um monte de coisa. [...] Eu poderia muito bem não abrir minha loja, porque eu sei que estão me denunciando. Eu vou trabalhar, é minha única fonte de sustento. Estão politizando o vírus", declarou.

Ele mantinha um comércio aberto na Rua Florêncio de Abreu, mesmo durante o decreto que exigia o fechamento dos comércios considerados "não essenciais". O lojista ainda gravou o momento da abordagem, no qual um policial militar solicitou que ele desligasse o celular. Sem mostrar resistência, ele foi conduzido até o 1º DP.

Contudo, segundo informações preliminares, Cornelio teria discutido com agentes dentro do DP, o que teria forçado os policiais a lhe darem voz de prisão e arbitrarem uma fiança de R$ 5 mil. Enquanto prestava depoimento, conhecidos do lojista que viram o vídeo nas redes sociais passaram a protestar na porta da delegacia. O Portal Revide tentou contato com Cornelio, mas não teve retorno até o momento. Também não foi possível confirmar, até o fechamento desta matéria, quem será o advogado do lojista na acusação.

Conhecido

Em setembro de 2020, Cornelio participou da intimidação e hostilização de agentes da Fiscalização Geral em um bar na Zona Oeste da cidade. Nas filmagens publicadas nas redes, é possível ver os agentes sendo ofendidos enquanto realizavam a abordagem. 

Ainda no ano passado, mas em julho, uma agente da Prefeitura foi agredida enquanto autuava na loja de Cornelio. O lojista também participou de protestos na frente do Palácio do Rio Branco.

Em um desses protestos, o carro do prefeito Duarte Nogueira (PSDB) foi cercado e atacado com socos e pontapés pelos manifestantes. Na ocasião, a Prefeitura disse que identificou os responsáveis e que tomaria as medidas necessárias.


Foto: Reprodução Redes Sociais

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