Luana Reis: ONU pede investigação de morte em Ribeirão

Luana Reis: ONU pede investigação de morte em Ribeirão

Artigo de comissão de Direitos Humanos da entidade pede imparcialidade nas investigações e perspectiva de gênero e de raça

Em artigo publicado na noite desta quarta-feira, 4, a Organização das Nações Unidas (ONU), pediu uma investigação “imparcial e com perspectiva de gênero e raça” sobre o caso da lutadora Luana Reis, morta após espancamentos supostamente promovidos pela Polícia Militar no início de abril, em Ribeirão Preto.

O texto do Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas para América do Sul e da ONU Mulheres Brasil solicita que o poder público brasileiro a investigação imparcial e com perspectiva de gênero e raça na elucidação do caso, já que existem indícios de das práticas de sexismo, racismo e lesbofobia nos acontecimentos que levaram a sua morte “em uma perversa violação de direitos que segue na contramão das garantias individuais e coletivas conquistadas pelas mulheres no Brasil e no mundo”, aponta.

No último dia 19 de abril, a irmã de Luana, Roseli Barbosa dos Reis, foi até a Câmara Muncicipal de Ribeirão Preto fazer um apelo aos vereadores pedindo que a morte de Luana não seja “esquecida” e denunciou a violência policial.

“Estou aqui, pedindo apoio dos vereadores, para que essa história não caia na impunidade. O que foi feito no meu bairro, foi uma prova nítida de que essas pessoas contam com a impunidade, e de que teremos medo de denunciar. Os seus agressores estão vivos utilizando suas fardas e seus cargos, que eles deviam utilizar para proteger a população. Muitos vizinhos querem depor, mas tem medo de represálias Só que eu e minha família decidimos que não devemos nos calar”, declarou Roseli, no plenário.

A Polícia Militar informa que já iniciou investigação sobre a abordagem dos policiais envolvidos, assim como a Polícia Civil diz que também já instaurou inquérito sobre o caso.
 

Foto: Facebook/ Reprodução e UN Photo / Jean-Marc Ferré

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