Manifestantes reivindicam redução de tarifa de ônibus

Manifestantes reivindicam redução de tarifa de ônibus

Em protesto nesta quarta-feira eles cobraram da Prefeitura a revogação do reajuste do transporte coletivo

Manifestantes do Movimento Juntos, que reivindicam a revogação do aumento das tarifas do transporte público de Ribeirão Preto e transparência do contrato de concessão ao Consórcio PróUrbano, reuniram-se na manhã desta quarta-feira, 29, no saguão de entrada do Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura.

O secretário municipal da Casa Civil, Lair Luchesi Júnior, e o superintendente da Transerp, William Latuf, encontraram-se com os 35 manifestantes presentes, que cobraram uma resposta rápida da prefeitura.

“A gente quer dizer que se a Prefeitura seguir adotando essa postura, por assim dizer, irresponsável e deixar a questão da mobilidade urbana ser tratada como negócio, ela vai colher coisas como esta manifestação, só que em maior escala. É preciso encontrar uma saída que não prejudique nem os estudantes, os trabalhadores e a própria Prefeitura”, disseram os integrantes do movimento.

“Os serviços de transporte prestados não inspiram qualquer segurança para o usuário”, lembraram os manifestantes, que apontaram a baixa eficiência dos postos de recarga do bilhetes para estudantes, que só é possível na central de vendas da Transerp, na Rua São Sebastião, além dos terminais de ônibus.

“Esse aumento de tarifa não veio acompanhado de melhorias no transporte, ele foi puramente jogado goela abaixo, e não foi feito nenhuma iniciativa para melhorar essa situação. Que vocês se coloquem no nosso lugar. Só não aceitamos porque não teve melhoria na qualidade”, completaram, falando para Latuf e Luchesi.

Corredores e gratuidade

“O grande problema que nós temos, é que a população precisa de uma tarifa baixa e um transporte de qualidade. E isso não tem milagre. Só com investimentos e financiamentos do governo federal. Aqui em Ribeirão Preto, tivemos avanços, mas que precisa evoluir. Mas que culpa tem o operador de ônibus com o atraso? Precisamos criar corredores de ônibus, a partir disso teremos uma confiabilidade maior”, afirmou o superintendente da Transerp.

“Realmente nós não queríamos que a tarifa fosse R$ 3,40. Mas fizemos uma simulação, que mostra que se todo mundo que anda de ônibus pagasse, a tarifa seria R$ 2,15. As gratuidades são pagas por quem paga a tarifa. A meia-passagem do estudante que não é da rede pública é paga pelo usuário pagante, da mesma forma a gratuidade do estudante de escola pública, paga pela Prefeitura”, apontou Latuf.

A respeito desta situação, as pessoas presentes questionaram Latuf por só ser válida nos dias de semana, o que inibe que os alunos de escolas públicas frequentem parques e eventos culturais aos finais de semana.

O superintendente disse que acha interessante que seja feita uma proposta para que a população tenha uma demanda de transporte mais barato aos finais de semana. “Tudo tem um preço, para gente ter condição de ter um transporte público com qualidade, com um preço mais barato, alguém tem de por dinheiro no sistema”, completou Latuf.

Transparência nos contratos

Quanto à transparência no contrato do consócio e no cumprimento do acordo, o superintendente afirma que o Ministério Público está a par de tudo que está sendo realizado no cumprimento do contrato, como atraso das obras dos novos terminais urbanos, ele também avisou que a secretaria de obras está analisando os projetos, por isso ocorreram alguns atrasos.

“Nós estamos repondo os terminais, e é uma caminhada. Nós vamos cumprir esses compromissos assumidos”, afirmou o secretário Luchesi, assegurando que advertências estão sendo aplicadas ao consórcio.

Após o encontro, os manifestantes disseram que ainda existem divergências, e o que foi falado pelo secretário e pelo superintendente, não os contenta, e que vão “travar uma luta política, para que a prefeitura recue no valor das tarifas”.

Luchesi e Latuf pediram para protocolar as reinvindicações junto à Prefeitura e garantiram que será feita uma avaliação técnica da situação do transporte, e dentro de 15 dias será emitida uma reposta a respeito dos temas que o movimento prometeu protocolar, como a redução tarifa, e a abertura do cálculo do faturamento das empresas participantes do consórcio.

“Legalmente a reposta da prefeitura é de 15 dias. Vou fazer todo esforço para que esse tempo seja reduzido, para achar um caminho que seja legal para todos”, finalizou o secretário.

Revide Online
Leonardo Santos (colaborador)
Foto: Leonardo Santos

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