Mega-assalto na Prosegur: código de barras ajudou polícia a encontrar assaltante
Delegado responsável pela investigação, Ricardo Turra falou com exclusividade ao Portal Revide

Mega-assalto na Prosegur: código de barras ajudou polícia a encontrar assaltante

Um saco plástico de verduras vindas de um mercado foi pista fundamental na investigação do crime que chocou Ribeirão Preto

O delegado titular da Polícia Civil na Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto (DIG), Ricardo Turra, em entrevista exclusiva ao Portal Revide, disse que um pequeno detalhe foi crucial para toda a investigação sobre o assalto à empresa de transporte de valores Prosegur, que ocorreu no dia 5 de julho de 2016. 

Um código de barras em um saco plástico de verduras vindas de um mercado fez com que a polícia conseguisse desvendar a trajetória de um dos integrantes da quadrilha. “Nós começamos a esclarecer o crime por meio de um pedaço de papel, um código de barras que foi deixado para trás na chácara em que os assaltantes estavam escondidos. O papel nos levou ao mercado que eles haviam feito compras, depois, com imagens das câmeras de segurança, encontramos uma testemunha que conhecia o suspeito”, falou o delegado.

Turra ainda destacou a importância de estar nos locais em que os crimes acontecem. “Por isso é importante irmos até a cena do crime e vermos os detalhes. No campo, vemos coisas que podem passar despercebidas. São esses detalhes que provam a verdade no final. Na grande maioria dos crimes, nós temos os suspeitos, mas isso não adianta. Precisamos apresentar provas. No caso da Prosegur, temos que colocar pessoas na cena do crime. Não adianta termos apenas uma suspeita”, explicou.

Segundo ele, toda informação tem de ser checada. “Existe um protocolo que seguimos. Isso é importante para o trabalho da investigação e da perícia. Abrimos o inquérito para a investigação, depois apresentamos provas contra o suspeito para que o Ministério Público apresente a denúncia e, assim, a pessoa passe pelo julgamento do sistema judiciário. Nossa investigação é feita de uma forma mais técnica do que antes. Temos que ter sempre algo a mais”.

O delegado Ricardo Turra diz que detalhe foi crucial nas investigações contra o maior assalto da história de Ribeirão Preto

Turra ainda afirmou que outros crimes semelhantes ao da Prosegur já aconteceram pelo Estado de São Paulo, mas a Polícia Civil de Ribeirão Preto foi a que teve as investigações mais avançadas. “Já apuramos a participação de oito suspeitos. Alguns já estão presos. Recuperamos R$ 200 mil, além das apreensões de armas e munições”, contou. 

Há 11 anos na DIG, o delegado confirma que o assalto foi o maior caso da história de Ribeirão Preto. “Pessoas de Ribeirão Preto e principalmente de São Paulo foram identificadas como líderes deste crime. Foi o assalto de maior proporção do município e o maior que eu assumi como delegado titular”, finalizou.   

 


Fotos: Pedro Gomes e Amanda Bueno

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