Melhoria no asfalto é maior desafio de Ribeirão Preto, diz secretário de Infraestrutura
Falta de equipamento adequado na cidade não permite que tapa-buraco seja feito da maneira indicada, com recortes

Melhoria no asfalto é maior desafio de Ribeirão Preto, diz secretário de Infraestrutura

Em entrevista ao Portal Revide, Pedro Luiz Pegoraro falou sobre as prioridades e dificuldades da pasta

Em entrevista exclusiva ao Portal Revide, o secretário de Infraestrutura de Ribeirão Preto, Pedro Luiz Pegoraro, disse que o maior problema e desafio da pasta em 2018 é o recapeamento das ruas e avenidas da cidade. Confira a entrevista com o secretário. 

Qual o maior desafio que a Secretária de Infraestrutura terá em 2018?

O maior desafio que a Secretaria tem é o desafio da cidade de Ribeirão Preto, que é a diminuição dos buracos e a melhoria da qualidade das vias públicas do município. Ribeirão tem 1,5 mil quilômetros de vias pavimentadas e essas vias têm uma durabilidade média de 15 anos. Quando esse tempo termina, é necessário fazer o recapeamento dessas vias e conservação das vias públicas.

Quanto tempo faz que as vias não são recapeadas?

Há vários anos essas vias não são recapeadas em Ribeirão Preto, ou, quando são, são sempre as mesmas, em razão do grande volume de transportes. Os bairros e as regiões mais remotas acabam ficando sem essa manutenção preventiva.

A prioridade de melhoria no asfalto da Secretaria é para os locais de grande fluxo?

Sim, pois essas são as que mais impactam. Então, nós estamos fazendo esse recapeamento, mas estamos olhando com muito carinho para os bairros. Nós temos uma licitação vencida agora, que possivelmente será feita ainda em janeiro. São 20 quilômetros de pavimentação nos bairros da cidade e não apenas locais movimentados.

Existe um prazo para que o processo seja realizado com maior intensidade nos bairros mais afastados?

Sim. Em 2017, fizemos 50 quilômetros de recuperação de vias nos bairros e em algumas vias principais. Temos toda uma programação pronta para agirmos. Pretendemos realizar o trabalho no primeiro semestre.

Pedro Luiz Pegoraro conta sobre o recapeamento do asfalto em Ribeirão Preto.

O correto é reasfaltar ou recapear?

O certo a se fazer é recapear. O recapeamento acontece quando contratamos a empresa. Ela vem e faz uma regularização do asfalto, em que é posto um centímetro de asfalto. Em cima dele, a máquina passa e coloca três centímetros de asfalto novo. A rua é refeita.

A prefeitura vai conseguir cumprir os 100 quilômetros de recapeamento prometidos até março de 2018?

O andamento está acontecendo. Os 20 quilômetros falados anteriormente somam uma etapa deste valor. Temos ainda R$ 8,7 milhões de verbas federais que nós estamos colocando em ordem no mês de janeiro para licitarmos em fevereiro.

A prefeitura tem realizado a Operação Tapa Buracos, mas as equipes estão fazendo da maneira prometida, com recorte e limpeza?

Nós temos feito isso, mas não em todos os lugares, pois os nossos equipamentos são muito debilitados. Nós temos apenas um equipamento que nos permite fazer esse trabalho com recortes. São apenas cinco equipes que realizam o tapa buraco, mas só uma utiliza a ferramenta.

O que pode ser feito para melhorar?

Agora, neste ano de 2018, estamos realizando um contrato com uma empresa que nos auxilie com mais cinco equipes particulares no tapa-buraco. Esse contrato exige que as equipes terceirizadas trabalhem com esse sistema de recorte e compactação.

Como foi o ano de 2017 para a Secretaria de Infraestrutura?

Foi um ano corrido. Pelo nosso levantamento, nós fizemos cerca de 50 mil reparos de buracos em vias públicas. Conseguimos fazer a limpeza de apenas 1,5 mil bocas de lobo, o que foi pouco, mas é um trabalho que vai continuar. Ao todo, Ribeirão Preto possui 35 mil bocas de lobo na cidade. Temos apenas uma equipe para cuidar deste trabalho. O motivo é a falta de gente.

Por que não há a contratação de mais pessoas?

Dentro do quadro financeiro da prefeitura, nós estamos trabalhando no limite que temos. Não dá para sair desse número.


Fotos: Pedro Gomes e F. L. Piton

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