Ministério Público deflagra operação contra falsificação de agrotóxicos na região de Franca
Fábrica clandestina de agrotóxicos foi descoberta durante operação em Franca

Ministério Público deflagra operação contra falsificação de agrotóxicos na região de Franca

Quadrilha era investigada desde 2020; oito ordens de prisão e 24 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em 4 cidades, incluindo Ribeirão Preto

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Franca deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 17, uma operação contra uma quadrilha suspeita de falsificar agrotóxicos na região. A força-tarefa tem o apoio de 150 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 

Ao todo, os promotores cumprem oito mandados de prisão e outras 24 ordens de busca e apreensão nas cidades de Franca, Cristais Paulista, Igarapava e Ribeirão Preto. Em Ribeirão, os agentes cumprem um mandado de busca e apreensão em uma residência do bairro Liliana Tenuto Rossi, na zona Oeste.

 

Em um dos endereços em Franca, os promotores e os agentes da PRF encontraram um depósito que servia como fábrica clandestina de agrotóxicos. Galões e barris com os defensivos falsificados foram apreendidos. Os criminosos utilizavam rótulos falsos nas embalagens para a comercialização dos produtos, como se fossem originais. 

 

Segundo o Gaeco, os membros da quadrilha atuavam na falsificação e contrabando de defensivos agrícolas, além de praticarem crimes como a lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em documentos públicos. O grupo criminoso era investigado e monitorado desde 2020, inclusive com a apreensão de cargas de agrotóxicos falsificadas na região. 

 

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Franca atendeu aos pedidos cautelares do Ministério Público e determinou, além das buscas e prisões, o bloqueio, sequestro e apreensão de recursos financeiros, imóveis e veículos dos investigados. 

 

Ainda de acordo com o Gaeco de Franca, a quadrilha possuía diversos núcleos criminosos interligados, responsáveis desde a gestão do grupo até o financiamento, falsificação e comércio dos defensivos agrícolas clandestinos. "As atividades criminosas inerentes à falsificação e contrabando de agrotóxicos causam, no cenário nacional, somando os impactos diretos e indiretos, prejuízos de acentuada gravidade em diversas áreas sociais, dentre elas a saúde pública, meio ambiente, consumidores, higidez fiscal, agronegócios e produtores rurais", diz a nota enviada pelos promotores.

 

A força-tarefa continua na manhã desta quarta-feira, 17; ainda não há um balanço final da operação. O Portal Revide acompanha o caso.


Divulgação/PRF

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