Moradora da região tem mais de 60 gatos em casa e luta contra violência aos animais
Moradora da região tem mais de 60 gatos em casa e luta contra violência aos animais

Moradora da região tem mais de 60 gatos em casa e luta contra violência aos animais

Karina Montenegro começou a batalha depois de ter bichos de estimação envenenados

A cuidadora de idosos Karina Montenegro, que vive em Sertãozinho, tem mais de 60 gatos em casa, e projeta já ter doado mais de 200, depois de receberem o devido tratamento. Karina é mais uma pessoa que luta pela qualidade da vida dos animais e espera que todos tomem consciência para que não ocorram mais maus-tratos aos bichos.

Ela conta que a maioria dos animais que chega até seus cuidados são vítimas de abandono, mas em alguns casos até de agressões graves, como do gato Tunico, que foi agredido com um pedaço de pau, lesionando a medula, o que o tornou paralítico, precisando até de uma espécie de cadeira de rodas para se movimentar.

A história de Karina com os gatos começou há cinco anos, quando ela adotou a primeira gata, que por não ser castrada, deu cria a quatro filhotes. Com a comida que ela deixava para os bichos, diversos animais que foram abandonados eram atraídos pela comida, e Karina resolveu colocar recipientes com água e ração próximo ao portão de casa para que pudessem se alimentar.

A concentração de gatos não agradou a um morador da vizinhança, que envenenou os bichos, causando a morte de cinco animais de que Karina cuidava. Ela procurou polícia, o canil municipal e órgãos de imprensa, porém sem resposta, e ela diz que notou que as pessoas não ligavam para o problema. “A sociedade quase nada dava importância para eles”, comenta Karina, que por conta própria começou a resgatar os gatos abandonados que achava pela cidade para cuidar deles e realizar a castração.

Ela os leva para casa, onde construiu um gatil para abrigá-los, e cuida com alimentação adequada, como ração e patês apropriados, além de garantir para que sejam vacinados e castrados. Para isso, ela conta com doações, porém, existem situações em que ela tem que tirar dinheiro do próprio bolso. “Temos sempre contas em veterinários, um problema sem fim”, explica Karina, que apesar disso, conta com ajuda de pessoas ligadas a movimentos de proteção animal no município e amigos para superar a demanda.

“As pessoas se comovem com os casos tristes e reais que eu posto no meu Facebook”, conta Karina, que ainda realizou uma parceria até com o canil do município, que garante a castração do animal, além de instalar um chip para o monitoramento, antes que ela possa doá-lo para quem tenha interesse de adotar o bicho.

Ela diz que o principal problema enfrentado por esses animais é o abandono, por isso alerta sobre a importância da castração, para que a reprodução não fique descontrolada, fazendo com que cada vez mais bichos sejam abandonados nas ruas.

“O que eu quero, além de salvar a vida deles e encontrar bons lares, é plantar uma sementinha. É incentivar para que os pais eduquem seus filhos sobre a importância de se proteger um animalzinho”, vislumbra Karina.


Foto: Arquivo Pessoal

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