Morre idosa que foi esfaqueada em praça de Ribeirão Preto 
Idosa foi esfaqueada enquanto caminhava em uma praça da Zona Sul de Ribeirão Preto

Morre idosa que foi esfaqueada em praça de Ribeirão Preto 

A Santa Casa confirmou a morte de Ana Silvia de Almeida nesta terça-feira, 14

Ana Silvia de Almeida, de 65 anos, faleceu nesta terça-feira, 14, em Ribeirão Preto. Segundo a Santa Casa, o corpo será encaminhado ao IML para constatar a causa da morte.

A idosa foi esfaqueada pelo administrador de empresas Eduardo Liboni Sella, no dia 4 de janeiro.  Ela teria dado "bom dia" ao homem e foi atacada em seguida. Câmeras de segurança em frente à praça registraram o crime.

Após o ataque, ela foi levada para a Santa Casa de Ribeirão Preto com ferimentos graves e passou por cirurgia no mesmo dia. O autor do crime foi preso pela Polícia Militar, que foi chamada por moradores. Ele teria confessado o crime e dito que sofre de esquizofrenia.

Ana Silvia chegou a passar por uma segunda cirurgia, no dia 7 de janeiro, após piora no quadro de saúde. 

Esquizofrenia

A família do autor do ataque informou que ele teria fugido do tratamento psiquiátrico e da família, de Londrina, no Paraná.

Segundo nota enviada pelo advogado da família, Sella foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e recebia tratamento desde os 15 anos de idade, fazendo uso de medicamentos controlados, inclusive.

O pai conta que, no final de 2018, com a piora do quadro clínico de Eduardo, a família optou por ingressar com um pedido de internação compulsória. Nesse meio tempo, Eduardo fugiu. A família afirma que, desde então, não tinha notícias do paradeiro de Sella.

"Infelizmente, Eduardo, em evidente surto paranoide, cometeu o delito em questão, sem ter qualquer consciência de seus atos, fato que já está provado nos autos com os laudos médicos juntados, bem como será corroborado pela perícia judicial que será realizada durante o processo", escreveu o pai em nota.

Mania de perseguição

Em textos publicados no site Quora, assinados por um perfil atribuído a Eduardo Liboni Sella, descreve que ele estaria sendo perseguido por pessoas na rua. "Pessoas na rua vestindo roupas ou tatuagens com caveira e flores estavam constantemente me chamando de louco", consta em uma das publicações.

Para tentar comprovar a suposta perseguição, Eduardo tirava fotos de pessoas na rua com roupas ou tatuagens de flores e caveiras. A maioria, no Centro e na zona Sul do município.

Em outra postagem, o administrador relata que, durante seus 36 anos de vida, raramente entrava em brigas. Porém, nos últimos meses, os confrontos com desconhecidos na rua se tornaram constantes.


Foto: Reprodução

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