Movimento em defesa da educação infantil pede mais crianças nas escolas
Associação de Moradores do Ribeirão Verde e professores também compareceram ao ato em prol da educação infantil

Movimento em defesa da educação infantil pede mais crianças nas escolas

“Ciranda em Defesa da Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade para Todos” realizou uma passeata em volta do Calçadão contra a falta de vagas em escolas para crianças neste sábado, 3

O movimento “Ciranda em Defesa da Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade para Todos” e a Associação dos Moradores do Ribeirão Verde se reuniram na manhã deste sábado, 3, na Esplanada do Theatro Pedro II, para distribuir panfletos e adesivos em volta do Calçadão, pedindo mais creches para crianças em Ribeirão Preto.

Criado em 2000 por uma iniciativa do Ministério Público, o movimento alega que 4 mil pais de crianças se manifestaram e não conseguiram vagas em creches e escolas da cidade. “Nós constatamos essa demanda na cidade e resolvemos vir aqui para conscientizar a população sobre a situação da educação em Ribeirão”, diz Luis Antônio França, presidente da Associação dos Moradores do Ribeirão Verde e membro do movimento desde o início.

Ele afirma que, quando a família não tem condições de colocar seus filhos em escolas particulares, há um grande prejuízo para o desenvolvimento educacional da criança. “O Governo Municipal tem a obrigação de discutir isso, de analisar essa situação e colocar como prioridade do município. Se nós realmente queremos uma cidade melhor, sem envolvimento dessas crianças com coisas ilícitas, nós precisamos investir agora na educação”, completa França.

Manifestantes distribuem adesivos e panfletos na Rua São Sebastião

Há 18 anos, o movimento tem participado de várias campanhas e reunido diversos grupos e instituições para defender os direitos da criança e lembrar às famílias da importância das creches e pré-escolas na educação de seus filhos, sensibilizando e pressionando o poder público para inverter prioridades e atender às metas do Plano Nacional de Educação.

Além de membros do movimento e da associação de moradores, professores e estudantes também compareceram ao ato em prol da educação infantil. Yuna Lelis, professora da prefeitura e estudante de pós-graduação, diz que a população não sabe que a educação infantil é um direito do cidadão garantido por lei e suspeita que o número de crianças não atendidas chega a 7 mil.

“Até abriram alguns convênios, só que a qualidade é muito inferior e não é um atendimento adequado, tem muita criança fora das escolas, tanto que minha filha não conseguiu vaga e está na lista de espera. Com esse problema, preenchemos vagas excessivas em escolas particulares e, assim, precarizamos o ensino”, conclui a professora.


Fotos: Pedro Grossi

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