Movimento feminista de Ribeirão Preto faz novo ato

Movimento feminista de Ribeirão Preto faz novo ato

Manifestantes se reuniram nesse domingo, 19, pela conscientização e fim da cultura do estupro; Grupo relembrou caso de estupro coletivo

Cerca de 50 mulheres realizaram um novo ato no centro de Ribeirão Preto nesse domingo, 19. Com cartazes, músicas e encenação, as manifestantes relembraram o caso da garota de 16 anos, vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro.

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“Decidi lutar, porque, com o que aconteceu comigo, achei que eu pudesse ser exemplo para mais pessoas”, explica Tainá Rocha dos SantosAlém das palavras que pediam o fim da cultura do estupro, representantes do movimento feminista negro também chamaram a atenção para o racismo. A estudante Tainá Fernanda Rocha dos Santos decidiu participar do movimento porque ela afirma que há um mês sofreu caso de racismo na escola onde estuda. “Eu me senti muito presa em relação a isso e achei que eu precisava mostrar para as pessoas que podemos nos libertar, que o racismo não é algo normal, por isso decidi levar minha luta para fora da escola”, destaca a estudante.

A jovem lamenta que o caso não tenha tido repercussão dentro da escola, mas afirma que a partir do caso ela continuará na luta por mais direito e pelo fim do racismo.

“As pessoas sempre acham que vamos recuar, por sermos negras, mas, meu objetivo é mostrar que nós não somos objetos sexuais e podemos sim ter mais direitos. Temos que mudar essa visão de erotização da mulher negra”, completa.

Governo Interino

O presidente interino Michel Temer (PMDB), o presidente afastado da Câmara dos Deputados , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) também não foram esquecidos durante a manifestação. Dentre as pautas levantadas está a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. “O Ministério da Cultura foi conquistado novamente, temos de lutar pela volta do Ministério”, disse uma das manifestantes ao megafone.

As manifestantes caminharam pelas ruas de Ribeirão Preto gritando por mais direitos e entoando canções de ordem.


Bruno Silva

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