MP descobre plano de organização criminosa para atacar policiais em RP
Justiça já determinou a transferência de presos que planejavam ataques a agentes penitenciários e policiais em Ribeirão Preto e região
Desde a última semana, a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo tem transferido lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) para o Presídio de Segurança Máxima de Presidente Prudente. As transferências foram motivadas por investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que identificaram que os criminosos planejavam o assassinato de agentes de segurança na região de Ribeirão Preto, e de outros lugares do Estado de São Paulo.
De acordo com as investigações da promotoria, presos que estavam no presídio de Presidente Venceslau orientavam a integrantes da organização a monitorarem o cotidiano de agentes penitenciários e policiais Civis e Militares, inclusive o de familiares destes profissionais, como seus filhos.
O Ministério Público Estadual apontou que a intenção dos bandidos era de mostrar a força que a organização criminosa exerce nas ruas. Porém, os assassinatos destes agentes teriam que se passar por latrocínios, quando o roubo é seguido da morte da vítima, para não levantar suspeitas da operação.
O caso foi descoberto pelos investigadores após operação da Polícia Civil de Ribeirão Preto, em junho, que prendeu integrantes da organização em uma reunião, e descobriu que eles mantinham em posse detalhes do cotidiano dos alvos, além de manter fotos das possíveis vítimas e que apenas aguardavam a autorização das lideranças para começar a operação.
A descoberta do Ministério Público ocorre após um aumento repentino nos registros de latrocínio em Ribeirão Preto. Em outubro, último mês com dados sobre crimes ocorridos no município disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), dobrou a quantidade de crimes do tipo na comparação com os nove meses anteriores.
No décimo mês deste ano, foram registrados quatro latrocínios em Ribeirão Preto, ante quatro entre janeiro e setembro. Porém, a Polícia Civil nega a relação entre os fatos. Em nota, a Polícia informa que não houve nenhum latrocínio que vitimou agentes de segurança em Ribeirão Preto.
Das oito ocorrências de latrocínio no ano de 2016 na cidade, cinco foram esclarecidas, com a identificação e o indiciamento dos suspeitos expedidos. Os outros três casos continuam sendo investigados por meio de inquérito policial para identificar e prender os autores.
Foto: AI SSP
