Número de passageiros não alcançou o previsto na contratação, diz Consórcio
Número de passageiros não alcançou o previsto na contratação, diz Consórcio

Número de passageiros não alcançou o previsto na contratação, diz Consórcio

Segundo diretor do PróUrbano, estavam previstos 3 milhões de passageiros ao mês, o que raramente ocorreu

O diretor do Consórcio PróUrbano, que administra o transporte coletivo em Ribeirão Preto, Carlos Roberto Cherulli, disse em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo da Câmara Municipal, que o edital de contratação para empresa que iria gerir o transporte estava inflado.

A resposta à comissão foi dada quando Cherulli foi questionado sobre o motivo de o PróUrbano ter entrado com um pedido na justiça para suspensão do pagamento da taxa de gerenciamento do transporte no município a prefeitura, prevista anteriormente no edital do qual saiu vencedora, em 2012.

O diretor afirmou que essa foi uma medida para “cuidar do negócio”. O jurídico do consórcio acredita que a taxa de 2% coincide com a base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), o que seria inconstitucional.

“Ninguém nos dá ouvido, só nos dão custos. Precisamos procurar uma forma para manter o nosso negócio. No edital estava previsto que passariam 3,3 milhões de pessoas ao mês no transporte coletivo. Mas, se nesses cinco anos esse número foi alcançado duas vezes, foi muito. Não passamos de 3 milhões de passageiros mês. Mas quando entramos na concorrência, assim como outras empresas, usaram essa quantidade como base para apresentar uma proposta”, afirmou Cherulli, que disse que talvez se o município estivesse cumprindo o acordo, segundo ele, o consórcio não teria tomado essa medida judicial.

A prefeitura de Ribeirão Preto deve aproximadamente R$ 4,6 milhões ao consórcio, por falta de pagamentos dos subsídios das gratuidades de estudantes das escolas públicas. O diretor disse que em 2015 o pagamento não foi realizado em nenhum momento.

Estação Catedral

Quanto às estações de ônibus da Praça das Bandeiras, em frente à Catedral metropolitana de Ribeirão Preto, Cherulli disse que elas estão prontas, e que não foi colocado o fechamento com vidro em razão de “dúvidas” do PróUrbano sobre a eficácia, já que ele alega que isso influenciaria fraudes, e contou inclusive com um aval inicial da Transerp.


Foto: Arquivo Revide

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