Obras vão resolver problemas crônicos, mas exigem paciência
Troca do asfalto e obras antienchente em várias ruas do Centro são as que mais impactam trânsito

Obras vão resolver problemas crônicos, mas exigem paciência

Atualmente a prefeitura de Ribeirão Preto realiza seis grandes obras

A substituição do asfalto e as obras antienchente em diversas ruas do Centro resolverão problemas que, há muitos anos, afetam a vida de quem mora ou transita por ali. A troca do pavimento por um asfalto reforçado, feito para suportar o impacto do trânsito pesado e, ainda assim, se manter em bom estado por muitas décadas, é uma das vantagens que as 30 grandes obras do programa Ribeirão Mobilidade trarão.

 

Seis delas estão sendo realizadas, atualmente, em vários pontos da cidade, mas são as duas obras na região central que têm causado mais impacto para o trânsito, exigindo compreensão e paciência de motoristas, comerciantes e pedestres.

 

Uma delas é a construção do corredor de ônibus do Quadrilátero Central, que passará por 7 km de ruas e avenidas. A outra é a obra de restauração completa da Nove de Julho e de construção de corredores de ônibus nos dois lados da avenida, numa extensão de mais de 2 km.

No caso do corredor do Quadrilátero Central, a obra está sendo feita pela Construtora DGB, com investimentos de R$ 20 milhões e 774 mil. No estágio atual, além de uma grande ação num trecho de três quarteirões da rua Visconde de Inhaúma, a empresa realiza intervenções menores em todas as esquinas do Centro, para a construção de rampas de acessibilidade.

 

A outra obra que está impactando a rotina do Centro é executada pela empresa Metropolitana, com recursos da ordem de R$ 31 milhões. Além da intervenção total de três quarteirões da Nove de Julho, a obra prevê outros 3 km de intervenções nas ruas Marcondes Salgado e São José para a instalação das galerias que descerão por essas duas ruas, partindo da Nove de Julho e seguindo até o córrego Retiro Saudoso, na avenida Francisco Junqueira.

Nesta quarta-feira (20), o secretário Municipal de Obras Públicas, Pedro Pegoraro, falou sobre a função de cada uma das seis obras em execução e a etapa em que se encontram.

 

Ele explicou que, além do benefício de ruas sem buracos, com pistas exclusivas para ônibus, permitindo um trânsito mais fluido, confortável e seguro, as obras em andamento também incluem ações antienchente, com a instalação de grandes galerias subterrâneas para receptação das águas das chuvas. Na região central, por exemplo, elas vão acabar com os alagamentos que sempre ocorrem no entorno do Shopping Santa Úrsula e na parte mais baixa do Centro.

 

Asfalto reforçado

 

Para garantir que o asfalto suporte o peso dos ônibus sem se danificar rapidamente, ele é totalmente retirado e a rua é escavada em 45 centímetros de profundidade. Ali, antes da aplicação da nova camada asfáltica, o subleito é preparado por compactação mecânica, com a implantação de uma base feita de material granular e cimento, seguida de seis centímetros de concreto betuminoso usinado a quente e faixa B (Binder).

 

Somente depois, aplica-se a nova capa asfáltica, que passa por rígidos testes de qualidade. No caso da Nove de Julho, ao invés de asfalto, esta última camada será de paralelepípedos, com a recolocação das pedras que formavam o pavimento da centenária avenida, que se tornou patrimônio histórico de Ribeirão Preto em 2008, quando foi tombada pelo Conppac.

 

Além disso, em frente às novas paradas de ônibus (que serão instaladas ao final das obras), também é instalada uma camada de concretagem sobre o asfalto reforçado, para evitar o desgaste quando os ônibus freiam, além da aceleração involuntária deles.

 

 


Fernando Gonzaga

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