Operação Dólos combate organização criminosa em municípios da região de Ribeirão Preto

Operação Dólos combate organização criminosa em municípios da região de Ribeirão Preto

Gaeco e Procuradoria Geral cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em 25 cidades do Estado de São Paulo

Nesta terça-feira, 2, foram cumpridos mandados da Operação Dólos em Ribeirão Preto e em mais cinco municípios da região, Altinópolis, Batatais, Jardinópolis, Orlândia e Sertãozinho. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga fraudes em licitações e contratos no valor de até R$ 40 milhões na área da Educação em prefeituras do Estado de São Paulo.

Segundo o Gaeco, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Orlândia e pela 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça 15 mandados de prisão temporária e 90 de busca e apreensão em 25 municípios do Estado de São Paulo. Os alvos da operação são 24 pessoas jurídicas e físicas, além de 12 prefeituras. 

A Operação Dólos tem origem da Operação Loki, que visou combater uma organização criminosa que atua nas prefeituras do estado.

Segundo as investigações, os suspeitos estariam envolvidos em fraudes de licitações por meio de empresas do setor de confecção de uniforme escolar e de fornecimento de material escolar. Eles utilizam fachadas de empresas ou nome de laranjas para ocultar os verdadeiros responsáveis pelo esquema.  

A abertura dessas empresas tem como finalidade vencer procedimentos licitatórios com prestação do serviço terceirizado, sonegação fiscal, ocultação dos verdadeiros responsáveis, além de blindagem e confusão patrimonial. Seus valores referentes aos contratos com os órgãos públicos ultrapassam mais de R$ 40 milhões, segundo o Gaeco.

Um dos supostos envolvidos nesse grupo, e que foi detido nesta terça-feira, 2, é José Ailton Gomes, proprietário de uma das principais confecções de Ribeirão Preto. Com a prisão temporária, ele foi levado até a Central de Polícia Judiciária, para ser ouvido pelas autoridades.   

O Gaeco explicou que o grupo fazia uma espécie de “fracionamento” das licitações para que todos os parceiros envolvidos no esquema, que tem sede em Orlândia e no município de Itanhaém, recebessem das prefeituras o valor destinado à contratação dos serviços.

A advogada do empresário, Cláudia Seixas, foi procurada pelo Portal Revide e disse que ainda não teve acesso aos autos.

Ainda em Ribeirão, outro empresário, que fornece uniforme escolar para a Prefeitura de Miguelópolis, foi preso nesta manhã.

*Texto Lídia Matos


Imagem: Revide

Compartilhar: