Operações da Polícia Federal e Ministério Público movimentam a região
Operações da Polícia Federal e Ministério Público movimentam a região

Operações da Polícia Federal e Ministério Público movimentam a região

Ação "Cartas em Branco", em Miguelópolis, resultou na prisão do prefeito e detenção de cinco vereadores

Enquanto os olhos dos ribeirãopretanos estão para a Operação Sevandija, ação em conjunto do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco) e da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações e compra de apoio por parte da Prefeitura de Ribeirão Preto junto aos vereadores, as investigações no âmbito político se dissipam pela região.

Além da famosa Lava Jato, que alçou o juiz da 13ª Vara de Curitiba, Sérgio Moro, a ícone nacional, depois de autorizar as investigações de diversas autoridades de nível federal, as cidades do interior têm suas “Lava Jato” locais. Na última segunda-feira, 12, o Gaeco, o mesmo que atua em Ribeirão Preto, deteve cinco vereadores de Miguelópolis, quando deflagrou a segunda fase da Operação Cartas em Branco, que em abril levou à cadeia o prefeito do município, Juliano Mendonça Jorge (PRB), por suspeita de fraudes em licitações.

Nesta segunda fase, foram detidos os vereadores André Freitas (PV), Genésio Urias (PTdoB), Júlio Cesar (PV), Reinaldo Gonçalves (PT) e Valter Sampaio (PTdoB), por terem sido denunciados pelo Ministério Público Estadual por organização criminosa, corrupção e fraude em licitação. Além das prisões, houve busca de documentos na Câmara Municipal de Miguelópolis.

A operação é resultado de investigações realizadas desde março de 2015, após o recebimento de denúncias de que licitações na modalidade carta convite foram realizadas de forma fraudulenta pela Prefeitura de Miguelópolis. Em março de 2015, foram apreendidos na prefeitura diversos procedimentos licitatórios com “indícios veementes de fraudes”, segundo o promotor de Justiça Rafael Piola, coordenador do Gaeco em Franca, e que está à frente das investigações. De acordo com ele, foi verificado que embora as contratações já estivessem formalizadas entre a prefeitura e as empresas contratadas, os documentos apreendidos estavam em branco, sem as assinaturas dos responsáveis, “evidenciando que as contratações foram direcionadas”.

O valor dos contratos celebrados pela Prefeitura de Miguelópolis por meio das licitações comprovadamente fraudadas soma aproximadamente R$ 6 milhões, segundo o Ministério Público Estadual. Os promotores ainda apontam que a organização criminosa era integrada por diversos servidores e ex-servidores municipais, e também advogados.


Foto: Reprodução Facebook

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