Para sobreviver, Apae busca ajuda da comunidade em Ribeirão Preto
Aproximadamente 400 famílias são beneficiadas com o trabalho institucional

Para sobreviver, Apae busca ajuda da comunidade em Ribeirão Preto

Instituição tem déficit mensal de aproximadamente R$ 100 mil

Para sobreviver em Ribeirão Preto, a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Ribeirão Preto (Apae) busca por ajuda da comunidade. De acordo com o departamento administrativo do local, a instituição tem déficit mensal de aproximadamente R$ 100 mil.

“Hoje nós temos mais despesas do que captação de recursos. Temos um déficit muito grande, pois o que recebemos de repasse do governo não é suficiente para cobrir nossas despesas. Nossos assistidos demandam muito gastos, pois não é só mão de obra, são água, luz e manutenções constantes. Não temos funcionários suficientes para isto e nem recursos para investir”, diz Taly Araújo,Coordenadora Administrativa Apae.

Com 130 funcionários e 75 mil atendimentos ao ano, a Apae atende na área da saúde, educação e assistência social. “Não temos conseguido pagar nossos funcionários de maneira adequada. Precisamos de recursos próprios para tudo, mas não temos braços para isso. Estamos pensando em aumentar a quantidade de eventos em busca de dinheiro”.

O custeio anual da Apae sem considerar custos financeiros é de aproximadamente R$6 milhões

Taly fala que o que a instituição pode fazer tem sido feito. “Precisamos de uma mobilização comunitária. As pessoas precisam saber sobre a complexidade dos gastos que é muito alta. Com pequenos gestos, empresários e empresas da região podem nos ajudar de alguma maneira com alguma doação, alguma prestação de serviço ou recursos financeiros. São as vidas de muitas pessoas que estão em jogo”.   

Todos os gastos da Apae são divulgados em um sistema online pelo site. “A Apae é aberta para visitação todos os dias, em qualquer horário. Precisamos consertar calhas. Um aumento de R$ 60 mil na captação nos ajudaria imensamente, pois este, por exemplo, é o valor da folha de pagamento que não consigo realizar”.

Para que pessoas de todas as idades tenham um local agradável e de apoio, algumas medidas têm de serem tomadas pela administração da instituição. “Prioridades têm que ser definidas. O dinheiro que recebemos é destinado às coisas mais importantes da Apae. Um de nossos problemas é que estamos com mato alto dentro das nossas instalações e por falta de recursos não conseguimos fazer o corte”, conta Taly.

O custo mensal de cada pessoa é de aproximadamente R$ 1,3 mil para a Apae. O custeio anual da instituição sem considerar custos financeiros é de aproximadamente R$ 6 milhões.

“Se a Apae fechar, as pessoas não vão ter onde ir. Todos que estão aqui, fazem isso por que amam a causa. Nós lutamos e não vamos desistir”, finaliza a coordenadora.

Relato do bem

Eva Maria de Laia Shvite e Matheus Rodrigo, que já foram destaque no Portal Revide, são pessoas beneficiadas pelo trabalho da Apae. “A instituição nos acolheu muito bem, foi um milagre em nossa vida”.

Eva, Matheus e Taly

A mãe diz que sonha em mudar a visão atual que as pessoas possuem da Apae. “Este lugar mudou meu filho. O desenvolvimento dele e tudo que eles fazem por nós é muito bom. Este local me acolheu tão bem, que quando vejo o jeito que está, choro. Precisamos levantar a instituição”, exalta Eva.

"Se não fosse a Apae, o Matheus não seria o que é hoje, esse milagre de Deus”, conclui.
 


Fotos: Pedro Gomes

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