PF e Gaeco deflagram Operação Cadeia Alimentar por fraudes em merendas
Ação simultânea da PF cumpre oito mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em 32 cidades do Estado de São Paulo

PF e Gaeco deflagram Operação Cadeia Alimentar por fraudes em merendas

Agentes cumprem mandados de prisão preventiva e de busca em Ribeirão Preto, Franca, Brodowski e em mais 29 cidades do Estado de São Paulo

A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco) deflagraram na manhã desta sexta-feira, 6, a Operação Cadeia Alimentar, que apura crimes de fraudes de licitação, prevaricação e corrupção ativa e passiva por empresas e empresários do ramo de merenda escolar.

Funcionários e agentes públicos estaduais são os alvos das ações coordenadas e simultâneas desenvolvidas pela Polícia Federal, Gaeco e a Promotoria de Brodowski. Foram permitidas buscas, bloqueios e prisões dos acusados em 32 cidades do Estado de São Paulo. No total, 180 agentes da Polícia Federal cumprem oito mandados de prisão e 24 de busca e apreensão pelos municípios envolvidos no esquema de fraude.

Entre elas, Ribeirão Preto, Franca e Brodowski estão sendo investigadas por agentes do Gaeco, com apoio da Polícia Militar. Até o momento, um mandado de prisão preventiva e cinco de busca estão sendo cumpridos nos três municípios do interior.

A Operação Cadeia Alimentar resulta de investigações iniciadas em 2015 por Gaeco, Polícia Federal e Justiça Estadual. O foco das apurações dos crimes tem sido o pagamento de propina no valor de R$ 1 milhão para agentes da Secretaria da Fazenda (Sefaz) da região por um empresário do ramo de carne, com sede em Brodowski. O suspeito teria deixado de recolher até R$ 32 milhões em tributos em troca do acerto do pagamento.

Ao decorrer da investigação, foi identificado que, além de fraude fiscal e da redução do valor de autos de infração dos agentes públicos em troca de suborno, a empresa havia se aliado a outras seis empresas do setor de proteína animal fraudando dezenas de licitações em vários municípios do Estado de São Paulo.

A Justiça Estadual de Brodowski também determinou a suspensão dos agentes públicos da Sefaz de seus respectivos cargos, além de bloquear os bens das pessoas envolvidas nos esquemas investigados, que responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, fraude a licitações, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem atingir até 34 anos de prisão e multa


Foto: Pedro Gomes

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