Operação da PF contra esquema de extorsão em MG cumpre mandados em Ribeirão Preto
Operação Sarumam foi deflagrada pela PF e cumpriu mandados nos estados de São Paulo e Minas Gerais

Operação da PF contra esquema de extorsão em MG cumpre mandados em Ribeirão Preto

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nesta segunda, 16; um gerente da Caixa foi preso

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira, 16, a segunda fase da Operação Saruman com objetivo de combater a atuação de um gerente da Caixa Econômica Federal suspeito de participar de esquema de extorsão no Estado de Minas Gerais (MG). A prisão do bancário ocorreu em Varginha (MG). Em Ribeirão Preto, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.

Segundo informações da PF, o gerente é suspeito de receber vantagens de empresa de segurança privada contratada pelo banco para prestar serviços a diversas agências bancárias no Estado de Minas Gerais. Como o responsável pela elaboração de editais de licitação, contratação e fiscalização dos serviços, ele exigia dos empresários, sob a ameaça de inviabilizar o recebimento de faturas apresentadas para pagamento, valores para permitir irregularidades na execução dos contratos.

No total, foram cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além da prisão preventiva do gerente e de mais duas temporárias de empresários envolvidos.

Nesta fase, também estão sendo identificados e apreendidos bens que possivelmente foram obtidos pelo gerente do banco como produto dos crimes praticados. Dentre os bens, há imóveis, automóveis e uma embarcação luxuosa, todos registrados em nome de terceiros, familiares, supostamente visando ocultar a origem ilícita.

Com as buscas, a PF poderá apurar o montante não recolhido e calcular o total apropriado indevidamente. Há suspeitas, ainda, de não recolhimento, nos mesmos moldes, de valores devidos ao INSS. Estima-se que somente a empresa investigada tenha pago em torno de R$ 1 milhão de propina para o suspeito desde o início do contrato.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e associação criminosa. Se condenados, poderão cumprir 38 anos de reclusão, além de pagar multa.

*Com informações da PF de Belo Horizonte 


Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

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