Polícia Civil prende três funcionários do Detran suspeitos de fraude
Ao todo, R$ 10 mil e dois revólveres também foram apreendidos em investigação que se espalha por sete cidades da região
A Polícia Civil de Bebedouro prendeu três funcionários públicos do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) na segunda-feira, 19, durante a operação Delta Fake. Também foram apreendidos R$ 10 mil em espécie na casa de um suspeito e dois revólveres em outra casa pelos policiais em Bebedouro. Olímpia, Guaíra, Colômbia, Barretos, Colina e Jaborandi são as outras cidades envolvidas nas investigações.
“Treze suspeitos já foram ouvidos e três deles afastados dos seus respectivos cargos e presos”, afirmou Adolfo Domingos da Silva, delegado divisionário do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior – Deinter 3, de Ribeirão Preto. Ao todo, 54 mandados de busca e apreensão foram realizados até o momento.
A operação Delta Fake investiga grupos de servidores públicos que teriam trabalhado em conjunto com funcionários de autoescolas da região que, por meio de pagamentos em dinheiro, obtinham aprovações em exames práticos de CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Mais de 100 policiais atuam na operação no momento, além de auxílio das Delegacias Seccionais de São Joaquim da Barra, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, Barretos, Sertãozinho e Franca. O Ministério Público também participa das investigações.
Colaborando com as investigações
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) informou que sete servidores do órgão foram levados para prestar esclarecimentos, assim como funcionários de autoescolas, durante operação policial na região de Barretos. Segundo nota, o Detran.SP vem colaborando com a investigação criminal e continuará a prestar todo o apoio necessário. "No âmbito administrativo, se comprovadas irregularidades, os servidores responderão a processo administrativo e, ao final, poderão ser exonerados; parceiros, como autoescolas, poderão ser descredenciados. Como garante a Constituição, todos terão o direito a ampla defesa", afirma o órgão.
Notícia atualizada às 11h55 de 21 de junho de 2017.
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