População de Ribeirão Preto atingirá volume máximo por volta de 2040, diz levantamento
Em 2050, um terço da população ribeirãopretana terá mais de 60 anos

População de Ribeirão Preto atingirá volume máximo por volta de 2040, diz levantamento

Segundo estimativa da Fundação Seade, ano será o último em que haverá aumento; depois, quantidade de pessoas deve cair


Em 2018, a população com idade entre 20 e 59 anos representa 60% do total, enquanto as pessoas com mais de 60 anos respondem por 15% dos ribeirãopretanos. Contudo, daqui a 22 anos, habitantes com idade entre 20 e 59 anos diminuirão para 56% do total, e os que tiverem mais de 60 representarão um quarto do total.



A população de Ribeirão Preto deve atingir o volume máximo por volta do ano de 2040, quando, então, passará a diminuir gradativamente. Isso se deve à retração gradual do volume de nascimentos associada ao aumento sistemático do número de óbitos esperados para a cidade e todo o Estado, além da estabilização da migração.

De acordo com os dados do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em 2040 a população ribeirãopretana deve atingir os 737 mil habitantes. Dez anos depois, deve perder cerca de 14 mil habitantes. O aumento no número de óbitos está ligado à mudança na pirâmide etária da cidade.

Neste ano de 2018, a população com idade entre 20 e 59 anos representa 60% do total, enquanto as pessoas com mais de 60 anos respondem por 15% dos ribeirãopretanos. Contudo, daqui a 22 anos, habitantes com idade entre 20 e 59 anos diminuirão para 56% do total, e os que tiverem mais de 60 representarão um quarto do total.

Esse envelhecimento da população começará a afetar o crescimento populacional a partir de 2040. Para se ter uma ideia, em 2050, 33% dos ribeirãopretanos terão mais de 60 anos. E a relação de crianças para idosos, em que os menores sempre levaram vantagem, ou estiveram sempre muito pareados ao número de idosos, sofrerá uma mudança brusca. A quantidade de habitantes com mais de 60 anos será três vezes maior do que a quantidade de crianças com até 14 anos.

Metodologia

Segundo a Fundação Seade, as tendências demográficas analisadas para a sustentação desse resultado levaram em conta que a fecundidade da mulher paulista já se situa em patamar bastante baixo, inferior ao nível de reposição populacional desde os anos 2000. O número médio de filhos por mulher no Estado era de 1,68 em 2016, e a hipótese formulada foi de redução desse indicador no futuro, chegando a 1,5 filho em 2050. Acredita-se que, dificilmente, tal tendência se reverterá no futuro próximo.

Por outro lado, os níveis de mortalidade tendem a ampliar a vida média da população e o processo de envelhecimento a elevar o número de óbitos. Em 2016, a esperança de vida da população paulista era de 75,8 anos e espera-se que no horizonte da projeção seja de 81,7 anos.

Semelhante à fecundidade, a mortalidade também pode registrar defasagem para mais ou para menos, dependendo da composição ou evolução das diferentes causas de morte que incidem sobre os habitantes residentes no Estado de São Paulo. Contudo, o comportamento mais provável é de ampliação, ainda que possa ser lenta, da vida média de sua população.

 

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Sob supervisão de Marina Aranha.


Foto: Pixabay

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