Por ataques nas redes sociais, organização da Parada LGBT vai à Justiça
Com ânimos exaltados, internautas partiram para as agressões pessoais

Por ataques nas redes sociais, organização da Parada LGBT vai à Justiça

Discussão envolvendo número de homossexuais mortos no Brasil virou caso de Justiça em Ribeirão Preto

Após uma discussão em uma postagem no Facebook, a organização da Parada LGBT de Ribeirão Preto entrará com um processo na Defensoria Pública contra um grupo de pessoas que, segundo a organização, "atacaram o post utilizando palavras baixas como “animais e parasitas”. Partidos de esquerda, movimentos estudantis e até a religião foram pontos usados pelos usuários da rede social.

A postagem em questão fazia uma alusão à crucificação de Jesus, por revolucionar os valores da sua época, com a atual violência contra as minorias. "Qual a diferença da época em que pessoas eram sacrificadas por seguirem uma doutrina, para o que vivemos hoje em dia? Atingimos o limite de mortes anual do público LGBT, e ainda estamos no meio do ano. São mais de 400 mortos por sua orientação sexual", dizia a postagem.

Nos comentários, algumas pessoas questionaram os números apresentados pela página. O comentário que gerou mais polêmica partiu do seguinte argumento: "No Brasil existe (sic) 60 mil homicídios por ano. Isto quer dizer que se houvesse 8 mil assassinatos de gays por ano, isso estaria dentro da expectativa estatística normal".

Com os ânimos mais exaltados, alguns comentários partiram para as agressões. "Parem de ser um câncer de esquerda e de parasitarem este país, usando o público homossexual, seus covardes de m***", protestava um internauta.

Segundo a assessoria da Parada, os organizadores já estão na Defensoria Pública e entrarão com uma ação contra os comentaristas ofensivos. Por meio de nota, o processo irá "fazer com que casos deste tipo não mais aconteçam".


Imagem: Reprodução Facebook

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