Prefeitura apresenta proposta de 2% de reajuste e greve continua

Prefeitura apresenta proposta de 2% de reajuste e greve continua

Paralisação permanece, já que servidores rejeitaram proposta apresentada pela administração municipal, que é abaixo da inflação de 2016

A prefeitura de Ribeirão Preto apresentou proposta de 2% de reajuste aos salários dos servidores municipais, além de aumento de 4,6% no valor do vale-alimentação do funcionalismo na tarde desta segunda-feira, 3. Em assembleia realizada pelos servidores em frente ao Palácio Rio Branco, a proposta foi negada, e a greve continua.

Os servidores, que entraram em greve na última quinta-feira, 30 de março, pedindo reajustes de 13% para os salários e vale-alimentação, também reclamavam de nenhuma contraproposta apresentada pelo município, uma das principais causas da paralisação, apontada por eles como uma falta de diálogo.

O valor apresentado pela prefeitura de reajuste dos salários é bem abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, em 2016, que é medida pelo IBGE. O município alega que a proposta abaixo do pedido é em razão da situação financeira do município.

De acordo com a prefeitura, foram levados em consideração os levantamentos das receitas e despesas efetivamente lançadas até março, e prevendo os meses faltantes, o déficit fiscal esperado para o exercício de 2017 já é superior a R$ 120 milhões. Isto considerando que nenhum reajuste seja concedido.

Segundo levantamento da Secretaria da Fazenda, o percentual da receita corrente líquida de gasto com pessoal já é de 50,42%, muito próximo do limite prudencial de 51,30% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda de acordo com o município, o impacto deste reajuste seria de R$ 4,2 milhões por ano.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais, dos 9.085 servidores da administração direta, 8.970 estão parados e na Guarda Civil Municipal a adesão é de 95%, totalizando 9.270 servidores municipais em greve. Com base nesse aumento na paralisação, o Sindicato tem garantido uma escala mínima de 30% (trinta por cento) de servidores em greve no exercício das atividades, estabelecendo-se, para tanto, sistema de rodízio entre os trabalhadores paralisados.


Foto: Pedro Gomes

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