Prefeitura de Batatais cancela Carnaval de 2016

Prefeitura de Batatais cancela Carnaval de 2016

Decisão foi tomada após União das Escolas de Samba Batataense (UESB) recusar a proposta feita pela a prefeitura

A Prefeitura de Batatais confirmou nesta quinta-feira, 29, que não realizará os tradicionais desfiles carnavalescos em 2016. A decisão foi tomada após a União das Escolas de Samba Batataense (UESB) e membros das escolas de samba terem recusado a proposta feita pela Administração Municipal. 

A prefeitura alega que por falta de recursos propôs um novo formato para os desfiles, buscando uma alternativa para que não houvesse o cancelamento. A administração ofereceu toda a infraestrutura no Sambódromo “Carlos Henrique Cândido Alves”, onde as escolas poderiam arrecadar recursos com a venda de camarotes, ingressos, espaços comerciais, bebidas e estacionamento. Porém, após várias reuniões com o Poder Público, a UESB e membros das escolas de samba resolveram não aceitar a proposta e informaram que não estarão na passarela no Carnaval 2016.

O presidente da UESB, Fábio Bendasolli, afirma que a proposta feita pela prefeitura não foi viável para as escolas de samba. O presidente lamenta o cancelamento. Ele também informou que haverá festas em cada escola de samba nos dias de carnaval. “Cada agremiação fará suas matinês, em seus determinados bairros, nos dias de carnaval”, finaliza.

Para Letícia Agostinho, 20, diretora de patrimônio e destaque de alegoria da escola de samba “Castelo”, festas tradicionais, como a carnavalesca, devem estar obrigatoriamente previstas no orçamento. “Já tivemos uma pausa no carnaval por dois anos seguidos, 2003 e 2004, na gestão do prefeito Fernando Ferreira, depois voltou e não parou mais e todos os anos a avenida lota. Para quem está assistindo ao espetáculo é lindo, e para quem está desfilando é uma emoção indescritível. Os trabalhos da escola começam no meio do ano, nos preparando, comprando material, para que tudo esteja impecável na avenida e a ansiedade acompanha a confecção de cada detalhe”, comenta.

“Sinto como se estivessem tirando um pedaço da cultura batataense da população. É muito triste não poder colocar na avenida o que eu e minha agremiação já estávamos preparando”, finaliza.

Revide On-line
Gabriela Maulim
Fotos: Arquivo Revide

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