Prefeitura divulga laudo sobre vibrações na Catedral

Prefeitura divulga laudo sobre vibrações na Catedral

Administração Municipal informa que vibrações provocadas por veículos pesados estão dentro dos limites suportáveis pela estrutura da Igreja

A Prefeitura de Ribeirão Preto divulgou nesta sexta-feira, dia 15, o laudo da empresa Consultoria Geofísica EEG Ltda. Produzido após medições de vibrações na rua Florêncio de Abreu, em frente à Catedral Metropolitana.

O trabalho foi feito por exigência do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), já que a Administração municipal pretende construir duas estações de embarque e desembarque em frente ao templo religioso. A obra vem provocando contestações.

Segundo o laudo, o trânsito veicular da rua Florêncio de Abreu e nas outras ruas perimetrais não gera vibrações que ultrapassam os limites previstos para estruturas sensíveis em correspondência com as fundações da igreja, o que atestaria a inexistência de danos ao prédio que já tem várias rachaduras.

Ainda de acordo com o laudo, “os valores máximos de vibrações registrados nas ruas no entorno da Catedral ficam próximos de 1/6 do limite da Norma Internacional DIN 4150, que é de três milímetros por segundo, não representando perigo para o edifício e assim, não podem ser considerados causa do processo que está provocando lesões no interior do edifício”.

O resultado dos estudos foi divulgado pela prefeita Dárcy Vera (PSD) e pela Transerp, empresa que gerencia o trânsito e o transporte urbano de Ribeirão Preto. O laudo foi enviado ao Condephaat.

“Agora vamos aguardar a resposta do Condephaat e essa decisão será técnica, para que possamos iniciar a instalação da estação de ônibus na Praça das Bandeiras e assim facilitar mais a vida do usuário do transporte coletivo”, destacou a prefeita Dárcy Vera.

Resistências

A construção da Estação da Catedral encontra oposição do padre Francisco Moussa, titular da igreja, do Fórum das Entidades de Ribeirão Preto (Ferp) e até da Câmara Municipal, que criou uma Comissão Especial de Estudos (CEE) e concluiu que o local não é apropriado para a construção.

Contra a construção, o Ferp e a catedral realizaram algumas ações, como uma celebração que foi encerrada com um abraço ao prédio e a busca de apoiadores a um abaixo-assinado que tem hoje cerca de 3 mil assinaturas. As entidades sugerem que a estação seja construída ao lado da praça Cralos gomes, na rua Duque de Caxias.

Estação Praça das Bandeiras

As cinco plataformas que serão instaladas no entorno da Praça das Bandeiras, sendo duas na rua Florêncio de Abreu, duas na rua Américo Brasiliense e uma na Visconde de Inhaúma, irão resultar, segundo a Prefeitura, em agilidade no embarque, segurança e conforto dos usuários do transporte coletivo em Ribeirão Preto.

Cada plataforma terá capacidade para atender ao embarque e desembarque de dois ônibus simultaneamente, e poderá abrigar até 120 passageiros. Cerca de 40 mil usuários serão beneficiados diariamente.

Nas plataformas localizadas nas ruas Américo Brasiliense e Visconde de Inhaúma serão implantadas catracas, delimitadas com paredes de vidro e terão portas automáticas para o acesso aos ônibus. Nessas condições, poderão embarcar no mínimo quatro passageiros simultaneamente em cada ônibus, reduzindo o tempo de parada.

Já os pontos em frente à Catedral serão abertos, semelhantes aos que existem hoje no local, só que com uma cobertura maior para conforto dos passageiros.

Nos pontos de parada existentes na rua Florêncio de Abreu são atendidos 38 linhas, que somam 109 ônibus por hora no horário de pico.

Na rua Américo Brasiliense os pontos de parada recebem 34 linhas e 112 ônibus por hora no horário de pico. Já na rua Visconde de Inhaúma são 7 linhas e 24 ônibus por hora no horário de pico.

A Transerp assegura que a quantidade de linhas e ônibus que circula atualmente nos três locais, será mantida após a conclusão da instalação da Estação Praça das Bandeiras.

Revide On-line
Fotos: Carlos Natal / Divulgação e Arquivo Revide

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