Prefeitura Pontal alega que guardas não tiveram relação com morte de motorista durante rodeio em 2019

Prefeitura Pontal alega que guardas não tiveram relação com morte de motorista durante rodeio em 2019

Município concluiu processo administrativo para averiguar morte ocorrida em junho do ano passado

A Prefeitura do município de Pontal concluiu um processo administrativo, junto à Secretaria de Segurança Pública, para averiguar a morte do motorista Antônio Carlos da Silva, durante rodeio realizado em 2019.

Segundo o Executivo local, os agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) não teriam relação com o óbito. E que o motorista teria falecido após misturar bebida alcoólica com drogas antidepressivas.

No boletim de ocorrência, registrado em Sertãozinho, a enteada da vítima relatou que não presenciou o início da discussão. Porém, avistou o padrasto sendo agredido por três seguranças do evento com socos e pontapés.

Na sequência, segundo versão da enteada, o motorista foi levado para fora do evento, onde seis policiais deram apoio aos seguranças e o algemaram. O motorista chegou a ser socorrido por profissionais do Samu para a Santa Casa de Pontal, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada do dia 15 de junho de 2019.

De acordo com a versão dos guardas que estavam do lado de fora do evento, eles tomaram conhecimento do fato quando os seguranças colocaram Silva para fora do festival.

No registro, os policiais afirmaram que o motorista era "conhecido nos meios policiais", e que também era usuário de drogas. De acordo com a versão dos agentes, foi necessário algemá-lo, pois ele estava descontrolado e se negava a receber atendimento.

No processo administrativo, a Prefeitura de Pontal ressaltou que o inquérito policial instaurado para apurar os fatos foi arquivado por falta de provas de que os seguranças ou os policiais teriam causado a morte. Ainda segundo a Prefeitura, o laudo necroscópico concluiu que a vítima não apresentava lesões no crânio ou sangramento. 

"O Sr. Antônio estava sob efeito de álcool etílico [...], bem como foi constatada a presença de haloperidol, prometazina e clorpromazina, substâncias essas antidepressivas. O laudo necroscópico aponta como possível causa da morte o consumo de bebida alcoólica em grande quantidade misturada aos medicamentos e disfunção hepática concomitante", informou o governo de Pontal.


Imagem: Revide

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