Prefeitura recorrerá da decisão do TJ que negou pedido de liminar

Prefeitura recorrerá da decisão do TJ que negou pedido de liminar

Dárcy Vera (PSD) tenta inconstitucionalidade de lei que proíbe a construção da Estação Catedral

A prefeitura de Ribeirão Preto anunciou, através de sua coordenadoria de Comunicação Social (CCS), que recorrerá da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). O órgão negou, nesta terça-feira, dia 20, um pedido de liminar feito pela prefeita Dárcy Vera (PSD).

Através da ordem judicial, a chefe do executivo tenta suspender os efeitos de uma lei complementar, aprovada pela câmara em agosto.

A lei proíbe construções nas praças da Bandeiras e da Catedral e impede a construção da Estação Catedral.

Veto

Em agosto, Dárcy Vera tentou vetar a lei aprovada pelos vereadores. No entanto, o legislativo derrubou – por unanimidade – o veto. A prefeitura entende que a lei é inconstitucional, por acreditar que não cabe ao legislativo, uma vez que a gestão do município é de responsabilidade do executivo.

No entanto, o desembargador José Henrique Arantes Theodoro avaliou que a realização da obra pode aguardar o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

Laudos

Mesmo que consiga na justiça tornar inconstitucional a lei complementar, a prefeitura deverá aguardar o parecer do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).

A obra está travada, pois a Catedral é bem histórico tombado pelo órgão estadual. O padre Francisco Jaber Zanardo Moussa – padre “Chico” – pároco responsável pela catedral, conseguiu, junto ao Condephaat, um prazo de 90 dias para realizar e entregar novos laudos.

O estudo de recalque já começou a ser realizado pela empresa Concremat, na semana passada. O prazo vence em janeiro e outros estudos – de sondagem de solo e de vibração – serão realizados em breve. “São laudos que a prefeitura deveria ter feito. Mas, a igreja fará. Se ficar provado que as obras não afetarão as estruturas da catedral, tudo bem. O importante é ter o laudo técnico completo que comprove que as plataformas podem ou não seres instaladas nas praças”, comenta o pároco.

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Bruno Silva
Foto: JF Pimenta e Julio Sian

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